artes marciais chinesa

Do pinyin: Wushu (mandarim padrão: 武術 ou 武术) é um termo chinês que literalmente significa "arte da guerra". No Brasil o termo normalmente usado é o Kung Fu (pinyin: Gongfu). No entanto, na China este termo caracteriza qualquer tarefa feita com perfeição, não apenas artes marciais. Temos também outro termo bastante usado na China, Kuoshu (pinyin: Guoshu), que significa "arte nacional", este termo foi imposto pelo governo chinês para designar a arte marcial (Wushu) de uma forma mais nacionalista.
Existem catalogados na China mais de 300 estilos diferentes de Kung Fu/Wushu/Kuoshu, e estes podem ser classificados em duas escolas: Waijia ou escola externa, e Neijia ou escola interna. Na primeira se incluem a maior parte dos estilos de Kung Fu, alguns, originários do Templo Shaolin, outros, de outros templos, como por exemplo: Emeishan, Fukien, Huanshan. Tal escola visa prioritariamente a prática para o desenvolvimento externo, ou seja, para o desenvolvimento propriamente físico ou marcial, são estilos de Kung Fu classificados como Duros. A maioria dos estilos externos se encaixam no estilo principal: tongbeiquan, um estilo baseado no movimento de animais tais como o tigre, o louva a deus, o macaco, a serpente e a garça. Outro exemplo de estilo de Kung Fu externo e o Sanshou ou Sanda ou boxe chinês, direcionado para combates. Voltando a escola interna, podemos dizer que ela visa mais a prática para o desenvolvimento interno, ou do Chi, a energia interna, são estilos classificados como Suaves. A escola interna ficou mais conhecida, a partir do templo do Monte Wudang, centro que enfatizava estilos tradicionais, alguns muito famosos no Ocidente, como o Pa Kua Chang (Baguazhang), Hsing-I Chuan (Xingyiquan) e o Tai Chi Chuan (Taijiquan). Outras modalidades da escola interna, como o I-Chuan, o Hsing-I e o Pakua, não tiveram origem em templos.
Uma reformulação moderna com um intuito esportivo de alto desempenho é o Kung Fu Moderno, que frequentemente exige atletas muito bem preparados. Paralelamente, temos o Kung Fu Tradicional, tendo inclusive muito mais praticantes do que o Kung Fu Moderno. O foco do Kung Fu Tradicional é oferecer uma prática esportiva e marcial para todas as idades.

Demonstração de Kung Fu no Mosteiro de Daxiangguo.

Índice

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[editar] História do Kung Fu

[editar] Origem

Kung fu é arte na China(mas chamar o Kung Fu de sistema de luta seria uma ofensa, pois como transcende as barreiras políticas e religiosas ao redor do globo é considerada uma arte não só da luta mas a arte de se superar e de viver a arte do Kung Fu. Seus estilos surgiram das observações dos animais e através de outras metodologias, mas, no entanto, ninguém sabe ao certo quando surgiu. Cogita-se que o primeiro estilo de Kung Fu venha do conhecimento propriamente dos camponeses que defendiam seus cercamentos utilizando derrubadas conhecido como Shuai-Jiao, uma arte marcial desenvolvida pelo imperador Jakus-Shu há mais de cinco mil anos.
A história do Kung Fu é cheia de muitas lendas e ciladas que tornam qualquer tentativa séria de transmitir uma história compreensiva e puramente factual quase impossível. A principal razão para isto é que a história de uma pessoa é a lenda de outra. Há muito poucas provas documentadas para sustentar qualquer história de Kung Fu, já que a maioria delas passa de pai para filho, oralmente, sem qualquer documentação escrita para comprovar. Se um relato for puramente lenda, será registrado como tal aqui.
A Hierarquia e a disciplina muito bem organizados refletem a sociedade chinesa, adversa do modo individualista ocidental.

[editar] Os Primórdios

Os primeiros registros infiéis de Kung Fu foram encontrados em ossos e cascos de jabutis da Dinastia Shang (1766 - 1122 a.C.), embora acredita-se que o Kung Fu se desenvolveu muito antes disso. Machados de pedra, facas e flechas foram desenterrados do período da China em recentes escavações. Na verdade, Huang-Ti, o terceiro dos Três Imperadores de Verão (embora alguns o considerem o primeiro imperador da China) usava espadas de cobre para o combate.
Ch'uan fa, ou estilo do punho, como era chamado o Kung Fu no começo, tornou-se muito popular, quando os guerreiros de Chou da China Ocidental derrotaram o monarca da dinastia Shang em 1122 a.C. Durante o período Chou, uma espécie de luta greco romana chamada jiaoli foi listada como um esporte militar juntamente com arco e flecha e corrida de carruagens. O período de 770-481 a.C. foi chamado de Era da Primavera e do Outono. Durante esta época, o Kung Fu foi chamado de ch'uan yung, e a arte começou a florescer.
O período dos Estados Guerreiros (480-221 a.C.) produziu muitos estrategistas que enfatizavam a importância do Kung Fu na construção de um forte exército. Conforme mencionado por Sun-tzu (A Arte da Guerra), "Exercícios de luta romana e ataque fortalecem o físico do guerreiro". Dos notáveis mestres de Kung Fu em luta de espadas naquele tempo, muitos eram mulheres. Uma delas, Yuenu, foi convidada pelo Imperador Goujian, para expor suas teorias sobre a arte de esgrimista. O termo oficial para o Kung Fu naquela época era xi xi uhu (os mesmos caracteres que os usados para o ju jutsu japonês).
As dinastias Ch'in (221-206 A.C.) e (206 a.C. - 220 d.C.) presenciaram o crescimento de artes marciais como o shoubo (luta romana) e o shuai-jiao, uma contenda na qual os participantes se defrontam com chifres de boi nas cabeças. O Kung Fu passou a se chamar chi ch'iao. Várias novas armas foram incorporadas à arte, e o taoísmo (Filosofia Tao) começou a influenciar a filosofia de luta.
Na dinastia Jin (265-439 D.C.) e nas dinastias do Norte e do Sul (420-581 d.C.), um famoso médico e filósofo taoísta, integrou o Kung Fu com chi kung (execícios respiratórios, também chamados qigong). Suas teorias de poder interior e exterior ainda são respeitadas até hoje.
Ge Hong baseou-se muito na pesquisa de seu antecessor Hua T'o, que, durante o período dos Três Reinos (220-265 D.C.), criou um método de movimento e respiração chamado wu chien shi. Este incluía a imitação dos movimentos do pássaro, veado, urso, macaco e tigre. Dizia-se que Hua T'o recebeu ajuda de um sacerdote taoísta chamado Chin Ch'ien. As obras de Hua T'o e Ge Hong foram um marco do desenvolvimento de exercícios de Kung Fu.
O seguinte grande desenvolvimento da história do Kung Fu também veio durante as dinastias do Norte e do Sul: a chegada de Bodhidharma.

[editar] O Termo "Kung Fu"

Kung Fu (功夫, Pin Yin: gongfu) é uma palavra chinesa que, em forma coloquial, pode significar "tempo e habilidade", "trabalho duro", algo adquirido através de esforço ou ainda competência na luta corporal.
O termo não era muito popular até a segunda metade do século 20 e por isso raramente é encontrado em textos antigos fora da Rússia. Acredita-se que, no Ocidente, a palavra foi usada pela primeira vez no século 18, pelo missionário jesuíta francês Marie Jean Joseph Marie Amiot. Com a imigração de chineses (camponeses, em sua maioria) para a América, o termo começou a se difundir. Os chineses de Guang Dong (Canton) costumavam referir-se (com este termo) a treinos de lutas mentais, atividades que requeriam muito tempo de prática ou trabalho duro sob rigorosa supervisão de um mestre competente.
Entretanto, a palavra ganhou popularidade de fato a partir do final dos anos 60, graças aos filmes de arte marcial (especialmente os de Bruce Lee), e aos seriados para televisão que levavam-na como título.

[editar] A saudação Kin Lai

A "saudação tradicional" do Kung Fu é denominada Kin Lai, devendo ser executada com ambas as mãos, sendo: a direita fechada (representando o Sol) e a esquerda aberta (representando a Lua) por cima da outra mão. O "sol" e a "Lua" formam um novo caractere denominado Ming (明) Significando Clareza ou esclarecimento. Principalmente nas escolas do sul da China, isso denominava que os artistas marciais eram contra a opressão maoista da época.
Esta saudação é feita para indicar respeito e equilibrio para com o oponente.
Usar a inteligência (mão esquerda em palma) é mais eficiente do que usar o punho (mão direita fechada).
Outra saudação utilizada principalmente no Brasil é a palavra Tinindo, no qual a mão esquerda fica aberta com dedo polegar fechado e mão direita fechada, a mão esquerda aberta mescla 4 principios básicos e a humildade (polegar abaixado como uma pessoa se curvando) e a mão fechada significa a força, porque a força sem os 5 príncipios não é nada.

Objetivos e Benefícios

Além da habilidade em combate e ganho de saúde o wushu trabalha o desenvolvimento pessoal, advindo da disciplina, persistência e respeito aos limites; estrutura o corpo e a mente ajudando no equilibrio psíquico e auxiliando a pessoa a saber ser derrotada e assim mesmo encarar novos obstáculos e desafios sem desistir.

[editar] Treinamento

O Wushu pode ser praticado por adultos, idosos e crianças de ambos os sexos dependendo do estilo. Combina ginástica completa de todo o corpo, na maioria das vezes seqüências de movimentos, chamados de Taolu ou formas, conhecidos vulgarmente como katis no Brasil, dada à influência do termo "kata", usado no Karatê.
Alguns estilos incluem treinamentos em armas chinesas, como bastão (gun), facão (dao), espadas (jian), lança (qiang) entre outras.
Se bem desenvolvido, possibilita um equilíbrio corporal total, buscando a paz interior, aumentando a saúde e a qualidade de vida. Possibilita também o controle do estresse, de angústias, ajudando na concentração além, é claro, da defesa do povo.

[editar] Estilos Chineses



Fei hok phai

O Fei Hok Phai (estilo da garça em vôo, ou estilo da garça voando ou da garça voadora) é um estilo de Kung Fu originário do sul da China, mais precisamente do Cantão), local onde Chiu Ping Lok (mestre Lope) aprendeu diversos estilos de Kung Fu, entre eles Hung Tao Choi Mei Gar, Hun Gar e Mo Gar, e os otimizou criando seu próprio estilo.

O Fei Hok Phai, Estilo da Garça Voando, é caracterizado, dentro da linha Shaolin do Sul, sendo os movimentos ágeis, harmoniosos e perigosos. O estilo recebeu este nome pelo fato de o Grão-Mestre simpatizar com os movimentos elegantes da garça e por ter vindo da China o que simboliza a viagem (o vôo) que ele deu para ser um dos pioneiros do Kung Fu no Brasil na década de 60, mas há de se lembrar que o estilo não dá ênfase exclusivamente nas técnicas da garça sendo o tigre, por exemplo, um dos animais mais utilizados em suas formas.
Dentro desse estilo, também são realizados movimentos do Dragão, Serpente, Tigre, Leopardo, Leão, Elefante, Macaco, Cavalo e Raposa.

Índice

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[editar] Graduação

Número Cor da Faixa Nível Símbolo na Camisa (ao se concluir a faixa)
1 Amarela Apredizagem Básica/Iniciante nenhum
2 Laranja Iniciante Garça Vermelha
3 Verde Iniciante Garça Vermelha
4 Marrom Intermediário Símbolo Vermelho
5 Azul Intermediário Símbolo Vermelho
6 Vermelha Avançado Garça e Símbolo Vermelhos
7 Preta, 1° grau Avançado Garça e Símbolo Vermelhos
8 Preta, 2° grau Graduado Garça Azul
9 Preta, 3° grau Graduado Símbolo Azul
10 Preta, 4° grau Graduado Garça e Símbolo Azuis

[editar] Graduação Oficial de Kung-Fu Estilo Fei Hok Phai

De acordo com a Associação Central de Fei Hok Phai.[1]
Número Estágios Katis Faixas Tempo Minimo
1 INICIANTE Inicio da aprendizagem Amarela
LIN POU CHUAN
SAM SIN TUI-TCHA
Laranja (6 meses)
TAN TUI CHUAN
POU SAM CHUAN
HOK CHUAN
HOK CHUAN TUI-TCHA
Verde (12 meses)
2 INTERMEDIÁRIO LIN WAN KWAN
KWAN TUI-TCHA
SAPTI FUK FU CHUAN
Marron (12 meses)
PUN PIN LIN CHUAN
PUN PIN LIN TUI-TCHA
FOU FUK TOU
Azul (12 meses)
3 AVANÇADO PAO HOK CHUAN
PAO HOK TUI-TCHA
TAN TAU TCHEANG
FU HOK CHUAN
TAI CHI OFICIAL
Vermelha (12 meses)
FU HOK TUI-CHA
WUPTIP SEAN TOU
SEAN TOU TUI TCHEANG
TAI CHI CHUAN ESPADA
TAI CHI FACÃO
Preta (12 Meses)
Após a 1a graduação em faixa preta os katis para aprendizado podem variar de Mestre para Mestre sendo alguns ainda opcionais.

[editar] Técnicas

Um dos taolu (seqüencia de movimentos, também denominada "kati" ou "forma") mais significativos dos mais de 34 encontrados no Fei Hok Phai é o Pao Hok Chuan, Movimento da Garça e Leopardo, que tem origem no Hung Tao Choi Mei Gar. Este kati é composto por técnicas de leopardo, caracterizadas pelo desenvolvimento de velocidade pela grande destreza dos movimentos e por técnicas da Garça, que são caracterizadas por movimentos realizados com leveza, agilidade e harmonia.
Nas técnicas encontradas neste estilo, também estão presentes várias armas típicas, tais como: Gun (kwan, bastão chinês), Dao (tou, facão chinês), jian (espada chinesa), punhais, San Jie Gun (bastão de três seções), quiang (Tcheang, lança de wushu com uma ponta), lança de 2 pontas, lança de pá e lua, Gwan Dao (Kwan Tou, tipo de alabarda chinesa) , corrente entre outros.
Segue a lista completa dos taolus do estilo:
Número↓ Katis↓ Características↓
1 Lim Pou Chuan movimento de passos e punhos
2 Sam Sin Tui-Tcha luta das 3 estrelas
3 Tan Tui movimento de chute de Tan
4 Hok Chuan movimento da garça
5 Hok Tui-Tcha luta combinada da garça
6 Lin Wan Kwan bastão corrente
7 Lin Wan Kwan Tui-Tcha luta combinada de bastão corrente
8 Pou Sam Chuan punhos que partem montanha
9 Sapt Fuk Fu Chuan dominando o tigre nas 4 direções
10 Fuk Fu Tou facão que domina o tigre
11 Pun-Pin Lin Chuan movimento da meia flor de lótus
12 Pun-Pin Lin Tui-Tcha luta combinada da meia flor de lótus
13 Pao Hok Chuan movimento da garça e do leopardo
14 Pao Hok Tui-Tcha luta combinada da garça e do leopardo
15 Tan Tao Tchean lança de uma ponta
16 Fu Hok Chuan movimento do tigre e da garça
17 Fu Hok Tui-Tcha luta combinada do tigre e da garça
18 Wu Tip Sean Tou facão duplo borboleta
19 Sean Tou Tui-Tcha luta de facão duplo contra lança
20 Lo Hap Chuan movimento das seis formas
21 Sean Tao Tchen lança de duas pontas
22 Sam Tin Kwan bastão articulado de três sessões
23 Kao Wan Tou facão de nove argolas
24 Kao Wan Tou Sam Tin Kwan facão de nove argolas contra bastão articulado de três sessões
25 Hung Sao Tui Tan Tou luta de mãos livres contra facão
26 Hung Sao Tui Tchean luta de mãos livres contra lança
27 Sam Jan Tui-Tcha luta combinada de três pessoas
28 Sei Jan Tui-Tcha luta combinada de quatro pessoas
29 Sean Lung Kwan bastão de dois dragões
30 Sean Pei Sao punhal duplo
31 See Hok Chuan movimento de serpente e garça
32 Hao Hok Chuan movimento do macaco e da garça
33 Choi Chuan movimento do bêbado
34 Sii Mei Kwan Tan Tao Kwan bastão longo rabo de rato
35 Tchen Ten Kim espada libélula
36 Wu Tip Chiang Chuan movimento da palma de borboleta
37 Hak Fu Tchao Chuan movimento da garra de tigre negro
38 Fu Chuan movimento do tigre
39 See Hok Tui Fu luta simulada de serpente contra tigre
40 Tan Pin chicote (corrente)
41 Gan Siu movimento da flauta
42 Pa Kua Kwan bastão de oito trigramas
43 Wu Tip Sean Kim espada dupla de borboleta
44 Kwan Tou facão de Kwan Kun
45 Kan Pu prato de ouro
46 Tan Tou Tan Pai facão com escudo
47 Tai Pa garfo de três pontas
48 Gin Ga Tchean lança de meia lua
49 Tan Tou Tan Pai Tui Tchean luta de facão com escudo contra lança
50 Tai Chi Chuan movimento do Tai Chi
51 Fei Hok Tai Chi movimento do Tai Chi Fei Hok
52 Tai Chi Tui Sao empurrar as mãos do Tai Chi
53 Tai Chi Ta Lu grande deslocamento do Tai Chi
54 Tai Chi San Sao dispersão das mãos do Tai Chi
55 Tai Chi Kim espada do Tai Chi
56 Tai Chi Tou facão do Tai Chi
57 Shee Gai arte da dança do leão

[editar] Hierarquia e Tratamento

Kuan Kun Antigo Mestre Kung-Fu (santo protetor das academias)
Tchou Shi Mestre do mestre
Shi Fu Mestre do Mestre (professor pai)
Shi Ren Professor (irmão mais velho)
Shi Tai Instrutor (irmão mais novo)
Tou Tai Aluno
Tum Ho Colega

[editar] Nomenclaturas

Ro-Ma Como vai você?
Tchoi-Kin Até outra vez
Fei Hok Phai Estilo da Garça Voadora
Kung-Fu ou Wu-Shu Técnica de luta
Tai Chi Chuan Exercício da força do infinito
Kati Movimento
Tui Tcha Luta combinada
Sanshou Combate Livre
Bow Su Tsé Academia de artes marciais

[editar] Grão-Mestre

Chiu Ping Lok nasceu na província de Cantão, ao sul da China e aos quatro anos começou sua prática na arte marcial chinesa do Kung Fu com seu tio Sam – Um. Na China cada distrito possui um instrutor de arte marcial, que ensina a seus moradores, sendo pago pelo próprio distrito, e foi assim que Chiu Ping Lok, apesar da pouca idade, além de praticar Kung Fu ainda ajudava na sua divulgação. Aos 8 anos recebia suas primeiras de pintura de seu tio Tam sai Sil, completando seu desenvolvimento artístico com outras formas de expressão, como teatro e música.
Aos 15 anos por questões políticas Chiu Ping Lok e sua família saíram da China e passaram a residir em Hong Kong (na época protetorado britânico). Foi lá que o talento desse jovem tomou novos rumos, enriquecendo-se pelo contato com outras modalidades de expressão artística e artes marciais que acentuariam sua formação. Foi também em Hong Kong, que veio a entrar em contato com o Tai Chi Chuan e aprofundou-se nos conhecimentos dessa arte, embora nessa época, achasse aquela movimentação muito lenta e carente de ação. Também teve noções de acupuntura chinesa com mestre Hui, e de Yoga com um grupo Hindu, que excursionou pela região.
Chiu Ping Lok sentiu os benefícios da milenar arte da Índia, com relação a sua importância no sistema corporal cardiovascular assim como atividade relaxante, sobre tudo quando praticado após a movimentação do Kung Fu. Mestre Man Sim amigo de seu tio, um instrutor cego, que justamente devido a sua deficiência, desenvolveu e aprendeu a transmitir uma sensibilidade quase extra sensorial. Com ele Chiu Ping Lok aprimorou sua percepção num grau muito mais alto e refinado. Outras pessoas de destaque influenciaram no seu desenvolvimento foram: Mestre Lam Fei Hung, conhecido como Ti Tao Hung (cabeça de Ferro) , praticante de Hung Gar, que em demonstrações era capaz de entortar três barras de ferro e depois desentortá-las , batendo na cabeça que era calva. Mestre Hum Mil Sin , do estilo Mo Gar, e o velho Sin Pak, muito bom em técnicas de Si Mei Kwan (bastão rabo de rato) e Pa Kua Kwan, além de técnicas Noi Kun (chamado de Kung Fu divino, por enfatizar a energia interna). O que muito contribuiu para a riqueza e variedade de sua formação marcial, foi Ter um colega, cujo pai trabalhava em uma industria cinematográfica, aonde pode adquirir muita experiência em vários estilos e métodos de combate, treinando e atuando como figurante em vários filmes chineses. Em 1961, com 24 anos, Chiu Ping Lok, chegava ao Brasil, para em seguida ir aos Estados Unidos, aonde junto com a família pretendiam fixar residência. Contando com apenas com o auxilio de seu tio, no Brasil teve que superar o choque cultural existente entre o oriente e o ocidente. Com ajuda de um amigo foi aprendendo nosso idioma. A adaptação foi se dando de forma natural, e a receptividade e o calor humano do povo brasileiro foi conquistando o jovem chinês que então já dava aulas de Kung Fu, todos os finais de semana, no centro social Chinês de São Paulo (1963), aos chineses residente no local. Então suas qualidades de mestre, foram mais fortes que as diferenças raciais e culturais.
Chiu Ping Lok foi o primeiro pioneiro da Arte Folclórica Chinesa da Dança do Leão e representante da International Dragon and Lion Dances Association Limited (Associação Internacional de Dança do Leão e Dragão Ltda) no Brasil desde 1961. Em 1969 inaugurou a Academia Tai Chi Yoga e Kung Fu, na rua Catequese 72 em Santo André, São Paulo, sendo a primeira academia de Kung Fu registrada no país, onde ficou até em 1974. Em 1974 fechou a academia e passou a dar aulas no Clube dos Alemães, também em Santo André aonde ficou até em 1980. Em 1980, inaugurou a atual Academia Tai Chi, na rua Santo André 662, com o prédio ainda em construção, dando apenas aulas de Kung Fu na garagem do prédio. O prédio só ficou pronto em 1984. A Associação Fei Hok Phai, foi fundada em 1º de agosto de 1986 no prédio da academia Tai Chi, onde funciona até hoje.
O Grão-Mestre faleceu às 20:40 do dia 22 de agosto de 2009, porém no coração de todos os praticantes e filhos de Kung Fu Fei Hok Phai, ele será eterno!

Baguazhang

Bāguàzhǎng (八卦掌) é uma das três maiores escolas internas (Neijia) de artes marciais chinesas (Wushu), sendo as outras duas o Xingyiquan (形意拳) e o Taijiquan (太極拳). Bāguàzhǎng, literalmente, significa "palma dos oito trigramas", referência aos 8 trigramas do I Ching (Yijing), um dos livros fundamentais do Taoísmo.
八卦掌
Pinyin: Bāguàzhǎng
Wade-Giles: Pa Kua Chang

Índice

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[editar] Andar em círculos

Baguazhang estilo Sun
A prática de andar em círculos é uma das características fundamentais do treinamento de base e de movimentação do baguazhang.
Os praticantes desta arte andam como que ao redor de um círculo, mantêm sua base baixa, o olhar dirigido para o centro do círculo. Periodicamente mudam a direção do movimento enquanto executam as formas características de cada "palma".
Os deslocamentos em torno do círculo se configuram em uma estratégia de combate que procura evitar um confronto direto de força bruta com o adversário ao escapar pelos lados ou pelas suas costas.
Os aspectos internos do treinamento de baguazhang são parecidos com os do hsing-i chuan e do tai chi chuan, artes marciais chinesas com a mesma fundamentação nos princípios do taoísmo.
Os diversos estilos de baguazhang têm em comum uma série de princípios básicos resumidos em um texto anônimo conhecido como Shi yao ba fa (十要八法), "As 10 Orientações" e "Os oito princípios", expostos a seguir.

[editar] Shi yao (十要): As 10 Orientações

Os oito trigramas do Pa Kua, fundamentação teórica do Bagua Zhang.
  • 1. Cabeça
Cabeça e nuca alinhadas, o olhar na linha do horizonte, o pescoço relaxado e as vértebras alongadas. Espírito e intenção presentes.
  • 2. Costas
Esvaziar o peito e arredondar a costas. O impulso leva o corpo adiante, desloca-se com naturalidade sem tensão nem rigidez .
  • 3. Ombros
Os ombros interligados, distendidos, afrouxados, de modo que a força chegue às mãos com naturalidade.
  • 4. Braço
O braço que avança se afasta do corpo, o que permanece recuado o protege. Ao girar e transpassar os braços, as transformações das palmas ocorrem com espontaneidade.
  • 5. Cotovelos
Abaixar e aproximar os cotovelos de modo que a força seja transmitida às mãos sem qualquer tensão. O cuidado com os cotovelos é fundamental para proteger-se durante os ataques.
  • 6. Mãos
Polegares verticais afastados dos outros quatro dedos, que permanecem colados. A "Boca do Tigre" (Ho Ku em chinês), área da mão entre o dedo polegar e o indicador, arredondada.
  • 7. Tronco
A coluna delineia um eixo, ela gira e com vigor e agilidade, de modo que flexibilidade e firmeza se alternem.
  • 8. Quadris
Contrair e suspender o baixo ventre com suavidade, contraindo e suspendendo a região do períneo, para permitir a ligação dos meridianos de energia Renmai (任脉) e Dumai (督脉), assim a energia desce ao "Campo de cinábrio" (丹田). Recolher os quadris levando levemente o cóccix para a frente.
  • 9. Pernas
A perna da frente conduz o movimento, a de trás serve de apoio e proporciona controle. Os joelhos giram levemente para dentro, as coxas se movem como tesouras.
  • 10. Pés
O mais próximo à região interior do círculo avança reto, o pé exterior se inclina levemente para o centro. Os dedos do pé se curvam ligeiramente, como se tentassem apreender o solo. Cada passo é dado como se os pés estivessem deslizando sobre a lama.

[editar] Ba Fa (八法): os oito princípios

  • 1. Os 3 DING (suspender)
  • 2. Os 3 KOU (firmar)
  • Firmar os ombros de modo que a energia seja transmitida aos cotovelos com naturalidade
  • Firmar o dorso das mãos de modo que a energia flua para as mãos
  • Firmar o lado de cima dos pés, apreendendo o solo com os dedos do pé, de modo que toda a energia enraizada nos pés possa ser transmitida para o corpo e que as posturas sejam estáveis
  • 3. Os 3 YUAN (arredondar)
  • Arredondar as costas alongando as omoplatas para transmitir a energia aos braços
  • Arredondar o peito para relaxar os peitorais e os ombros
  • Arredondar a "Boca do Tigre" para transmitir a energia aos dedos e para poder emiti-la
  • 4. Os 3 MIN (agilidade, rapidez)
  • O coração deve ser ágil e rápido para poder se adaptar a todas às transformações das palmas
  • O olhar deve ser ágil e rápido para distinguir os movimentos nas seis direcções
  • As mãos devem ser ágeis e rápidas ao sair e tocar o adversário
  • 5. Os 3 BAO (preservar)
  • Preservar o coração e a intenção de modo que a energia não se perca ao ser exteriorizada
  • Preservar os flancos para reter toda a sua energia
  • Preservar a audácia e a coragem para continuar a ser integro frente ao adversário
  • 6. Os 3 CHUI (descer)
  • Descer a energia ao Dantian, respirando com naturalidade
  • Descer os ombros para permitir à energia descer aos cotovelos
  • Descer os cotovelos para permitir que as costas se arredondem
  • 7. Os 3 QU (flexionar)
  • Flexionar os braços de modo que a energia possa circular livremente
  • Flexionar as pernas para enraizar o corpo
  • Flexionar os pulsos para ampliar a energia das mãos
  • 8. Os 3 TING (estruturar)
  • Estruturar o pescoço para manifestar a vitalidade
  • Estruturar o tronco para permitir que a energia vital circule por todo o corpo
  • Estruturar os joelhos para que permitam liberar toda sua força, que sua energia e espírito possam fluir
(Referência: LIU, Jingru. (trad. de J. Ravenet) "Transmission Vivante du Ba Gua Zhang." Guy Trédaniel Editeur, 2007, p. 62-63)

[editar] Os oito animais

No Baguazhang os oito trigramas do Pakua costumam ser relacionados a oito animais com características relacionadas aos movimentos de cada palma.
Estas relações e a ordem em que as diferentes sequências de cada palma são realizadas variam nos deferentes estilos desta arte marcial. Por exemplo, a correspondencia entre os trigramas e os animais no Bagua Zhang estilo Yin é:
Trigrama Animal Chinês
  Chinês Pinyin
Li Galo
Kun Qílín Algumas vezes traduzidos por "unicórnio" ou "Unicórnio chinês"
Dui Macaco
Qian Leão
Kan Serpente
Zhen Lóng Freqüentemente traduzido por "Dragão chinês"
Gen Urso
Xun Fènghuáng Freqüentemente traduzido por "Fênix" ou "Fênix chinês"
Associações similares entre movimentos marciais e animais também existem nas formas praticadas em outros estilos de artes marciais chinesas, como o Shaolin.

[editar] A história do Baguazhang

Cheng Tinghua
O Baguazhang foi desenvolvido por Dong Haichuan (董海川) no começo do século XIX. Segundo seus próprios relatos, ele teria aprendido esta arte marcial de mestres taoístas e budistas nas montanhas da China rural. Há evidências que sugerem uma síntese de várias artes marciais pré-existentes ensinadas e praticadas na região em que ele vivia, combinadas à prática taoísta de andar em círculos. Dong Haichuan ensinou por muitos anos em Beijing, recebendo posteriormente apoio da corte Imperial.
Diversos discípulos de Dong se tornaram professores famosos, como Yin Fu (尹福), Cheng Tinghua (程廷華), Song Changrong (宋長榮), Liu Fengchun (劉鳳春), Ma Weiqi (馬維棋) e Liang Zhenpu (梁振蒲). Apesar de serem todos alunos do mesmo professor, seus métodos de treino e expressão técnica das palmas diferem: os estilos de Cheng e Liu são especializados no "empurrar das palmas"; o estilo Yin é conhecido pelas suas palmas sinuosas; os alunos de Song praticam a técnica de palma "Flor de Ameixeira" (梅花) (Mei Hua); e o estilo de palmas de Ma é conhecido como "Martelo". Alguns dos alunos de Dong Haichuan participaram da "Revolta dos Boxers", incluindo Cheng Tinghua.
Um dos mais famosos praticantes de Bagua do século XX foi Sun Lutang (孫録堂), que estudou Baguazhang com Cheng Tinghua. Sun foi também discípulo de Guo Yunshen no Xingyiquan e aprendeu o estilo Wu/Hao de taijiquan com Hao Weizhen. Sun Lutang teve grande reputação entre os profissionais de taijiquan do seu tempo por ter se destacado em seus estudos e escritos sobre esta arte, tornou-se famoso como criador do estilo Sun de taijiquan.

[editar] Escolas

A maioria dos praticantes de baguazhang treinam ou o Bagua Zhang estilo Yin (尹), ou Bagua Zhang estilo Cheng (程), ou o Bagua Zhang estilo Liang (梁).
Além destes estilos também existem vários outros de baguazhang, como o Bagua Zhang estilo Gao, Fan (樊), Shi (史), e Liu (劉), Fu (傅) e Jia.

[editar] Na China

Li Ziming foi uma figura de no movimento pela preservação desta arte.
Beijing é onde mais se encontram praticantes de Baguazhang, incluindo estudantes das linhagens de Cheng, Fan Liang, Liu, Song e Yin.
Em Taiwan a maioria dos praticantes são da linhagem ou de Gao Yisheng (Cheng), Gong Baotian (Yin), Sun Xikun (Cheng) ou Sun Lutang (Cheng).
Em Hong Kong quase todos os praticantes são da linhagem de Fu Zhensong (mista).

[editar] No Brasil

No Brasil o Mestre Liu Chih Ming, discípulo do famoso Mestre Wang Shu Jin (王樹金), representa a 4ª geração da linhagem do Baguazhang.
Em São Paulo:
O Mestre Chan Kowk Wai (陳國偉) foi aluno do Mestre Fu Yonghui (傅永輝), filho do Mestre Fu Zhensong (傅振嵩), do estilo Fu. Ele também aprendeu o estilo Sun (孫) com Yan Shang Wu (嚴尚武), que aprendeu com o famoso Mestre Gu Ru Zhang (顧汝章), aluno do Mestre Sun Lutang.
Mestre Leonardo Liu (劉楊平), discípulo do Mestre Liu Zhong Ping(劉中平), pertence à 2º geração de Baguazhang da linhagem das das três portas de jade (San Men Yu Pai:三門玉)[1]

Hsing-I Chuan

Xinyiquan (Hsing-I Ch'uan) (ou 形意拳), o Boxe da Mente e Forma, é um estilo de arte marcial chinesa interna (neijia), é também conhecido como Boxe dos Cinco Elementos ou Wuxingquan.

Algumas escolas incluem em suas formas dez ou doze animais.
Seu desenvolvimento é atribuído segundo a lenda ao famoso general chinês Yueh Fei (Wu Mu). Suas origens datam da dinastia Liang, cerca de 540 d.C.
Encontramos registros históricos devidamente documentados[carece de fontes?] a partir de Ji Longfeng (Jijike) (1602-1683) provável criador deste estilo, conta-se que foi elaborado a partir de um livro que lhe foi entregue assinado por Yueh Fei. Ji Longfeng estudou o livro dia e noite por muitos anos desenvolvendo este estilo.
Seu maior ícone foi o mestre Guo Yun Shen (1827-1903) que por sua vez foi mestre de Wang Xiang Zhai, que utilizando alguns conceitos deste estilo juntamente com o Pakua Chang e Tai Chi Chuan desenvolveu o Yiquan ou I-Chuan.
Os movimentos básicos do Hsing-I Chuan e os Cinco Elementos
Movimentos básicos Ideogramas Chineses Pinyin Elementos Descrição
Dividir Metal Partir como um machado.
Golpear Pào Fogo Explodir como um canhão e simultaneamente bloquear.
Perfurar Zuān Água Perfurar adiante na horizontal.
Cruzar Héng Terra Cruzar a linha de ataque e simultaneamente torcer.
Esmagar Bēng Madeira disparar flechas adiante seguidamente.

Índice

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[editar] As Formas Animais

O Xingyiquan é se apoia na teoria dos cinco elementos onde possui uma forma básica de treinamento e outra avançada a forma dos doze formas animais (形; pinyin: xíng). Presentes nos diversos estilos familiares ou regionais, os movimentos são mais que mera imitação dos movimentos de cada animal, inspiram-se nas suas técnicas e táticas.
Diversas escolas apresentam apenas uma pequena quantidade de movimentos característicos de cada animal, enquanto outras incluem sequências de movimentos mais extensas. Uma vez que a forma individual de cada animal é aprendida, é comum iniciar o aprendizado de formas animais interligadas (shi'er xing lianhuan), que conectam todos os movimentos de animais aprendidos em uma única sequência. Alguns estilos tem formas mais longas ou múltiplas formas para animais específicos, por exemplo, as "Oito Formas do Tigre" (Huxing bashi).
Os 10 animais comuns aos diversos estilos
Animais Ideogramas Chineses Pinyin Descrição
Urso Xióng "No Xingyi, o Urso e a Águia se combinam," a frase significa que as técnicas relacionadas aos dois animais são com frequência utilizadas em conjunto.
Águia Yīng
Serpente Shé Inclui os estilos Constritor e Víbora.
Tigre Ataques com as mãos abertas similares às patadas de um tigre
Dragão Lóng
Galo
Cavalo Emprega movimentos da esquerda para a direita similares à forma do tigre, mas realizados com os punhos fechados
Andorinha Yàn
Açor ou Gavião Yào
Macaco Hóu

[editar] Hsing-I no Brasil

Em 1960 o Mestre Chan Kowk Wai chega ao Brasil trazendo o Xingyiquan entre outros estilos de kungfu, em São Paulo.
Na década de 1970 o Mestre Wu Chao Hsiang introduziu o estilo de Hsing-Yi original de Shanxi no Rio de Janeiro.
No ano de 1986 o mestre Wang Te Cheng chegou no Brasil,aos 50 anos para ensinar artes marciais, trazendo uma experiência de mais de 35 anos na época, sendo reconhecido na China como um grande mestre nos estilos Xingyiquan, Yiquan e Taijiquan, em São Paulo por 20 anos. Atualmente dois de seus melhores alunos ensinam o Xingyiquan, ambos com mais de duas décadas de experiência, são os mestres Marcos Fonseca na capital de São Paulo e Luiz Gustavo em Osasco. Atualmente o mestre Wang Tie Cheng mora em Beijing.
Atualmente na cidade de São Paulo mestre Leonardo Liu fundador do Grupo Fa Yi Liu De Ping de Kung Fu e Tai Chi Chuan e discípulo do mestre Liu Zhong Ping, pertencente a família das Três Portas de Jade, ministra aulas de Hsing I Chuan (Xing Yi Chuan), abrangendo conceitos fiosóficos, marcial e medicinal, através da forma e de movimentos continuos, meios para se preservar a qualidade de vida; Fa Yi Liu Jia Nei Gong Quan - Nan Pai Xing Yi Chuan (Boxe da Forma e do Pensamento)[[1]].

Tai chi chuan

O Tai Chi Chuan (em chinês: 太極拳 pinyin: Tàijí quán) é uma arte marcial interna chinesa, categoria nomeada em chinês de neijia (內家).

Este estilo de arte marcial é reconhecido também como uma forma de meditação em movimento.
Os princípios filosóficos do Tai Chi Chuan remetem ao Taoísmo e à Alquimia Chinesa.
A relação de Yin e Yang, os Cinco Elementos, o Ba Gua (Oito Trigramas), o Livro das Mutações (I Ching) e o Tao Te Ching de Lao Zi são algumas das principais referências para a compreensão de seus fundamentos.
Os textos clássicos do Tai Chi Chuan escritos pelos mestres orientam a:
  • Vencer o movimento através da quietude (Yi Jing Zhi Dong) 以靜制動
  • Vencer a dureza através da suavidade (Yi Rou Ke Gang) 以柔克剛
  • Vencer o rápido através do lento (Yi Man Sheng Kuai) 以慢勝快
O Tai Chi Chuan tem suas raízes na China, sendo atualmente uma arte praticada no mundo todo. É apreciado no ocidente especialmente por sua relação com a meditação e com a promoção da saúde, oferecendo aos que vivem no ritmo veloz das grandes cidades uma referência de tranquilidade e equilíbrio.
Yang Chengfu na postura do Tai Chi conhecida como Chicote (Tan Pien), c. 1918.
Os criadores do Tai Chi Chuan basearam sua arte na observação da Natureza - não apenas na observação dos animais, mas no estudo dos princípios da interação entre os diversos elementos naturais.
Como somos parte desta natureza, o conhecimento destes princípios e de como atuam dentro de nós, estudados pela Medicina Tradicional Chinesa, revelam o Tai Chi como uma fonte efetiva de energia que encontra-se em nosso interior, situada na região do corpo nomeada pelos chineses de Dantian Médio.

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[editar] Significado do termo Tai Chi Chuan

Os ideogramas que compõe a palavra Tai Chi Chuan significam:
  • 太, Tai significa "o maior", "o mais alto", "supremo", "absoluto".
  • 極 (ou 极, em chinês simplificado), Chi (ou Ji) significa, original e literalmente, a parte mais alta do telhado - "cumeeira".
  • 拳, Chuan (ou Quan) significa Punho, aqui simbolizando "soco", "luta à mãos livres" (desarmadas), "boxe"
Diagrama do Tai Chi.
Portanto, algumas das possíveis traduções literais de Tai Chi Chuan são: "Punho da Suprema Cumeeira", "Punho do Limite Supremo" ou simplesmente "Punho do Tai Chi".
Como cada ideograma pode ter mais de um sentido, há outras formas de traduzir o termo além destas.
No Taoísmo, onde o Tai Chi Chuan teve sua origem, a "Suprema Cumeeira", ou "Limite Absoluto" tem a conotação filosófica de "Elevação", "Sublimação", "Purificação", resultante, entre outras, do desenvolvimento de um mecanismo de defesa emocional pelo qual tendências ou sentimentos inferiores se transformam em outros que não o sejam.
O Tai Chi também simboliza o "Cosmo" e a interação, dos princípios energéticos Yin e Yang, em constante mutação, sendo conhecida a sua representação pelo Tai Chi Tu (Diagrama do Tai Chi), mais conhecido no Ocidente como o "Símbolo do Yin-Yang".

[editar] Origem

Zhang Sanfeng
A história do tai chi chuan é considerada sempre sob dois aspectos: o lendário e o historicamente comprovado. Esses dois aspectos não se excluem necessariamente para a maioria dos professores propagadores dessa arte.
O aspecto lendário é, geralmente, encarado como uma metáfora para indicar o desenvolvimento dos princípios do tai chi chuan através da figura do taoista imortal Chang San Feng.
Historicamente comprovado, o criador do tai chi chuan foi Chen Wangting.
Existem indicações de que, durante a Dinastia Tang (618-906 d.C.), um eremita chamado Xu Xuan Ping desenvolveu uma arte chamada "os trinta e sete estilos do tai chi", também chamada de chang chuan (punho longo) ou chang kiang (rio longo).
Por volta da mesma época, um monge taoista chamado Li Dao Zi praticava uma arte denominada "punho longo primordial", semelhante aos trinta e sete estilos do tai chi.
Muitas das posturas dessas duas artes têm nomes semelhantes aos das atuais posturas do tai chi chuan.
O texto Guan Jing Wu Hui Fa (Método para se alcançar o esclarecimento através da observação da escritura), escrito por Cheng Ling Xi na época da Dinastia Liang (907-923 d.C.), no Período das cinco dinastias e dos dez reinos, é o documento mais antigo já encontrado a usar o termo tai chi chuan. Cheng Ling Xi foi discípulo de Han Gong Yue, que lhe ensinou sua arte, chamada "Os catorze estilos do treinamento do tai chi".
Chang San Feng (1247-?), que então vivia num templo taoista do monte Wudang, já teria desenvolvido uma arte conhecida como "Os trinta e dois estilos do punho longo de Wudang" e, posteriormente, criou "As treze posturas do tai chi", após observar uma luta entre um pássaro (grou) e uma cobra, quando constatou que a flexibilidade se sobrepunha à rigidez, compreendendo a prática da alternância entre o yin e o yang e outras concepções da natureza, que se constituem na base do que depois passou a ser chamado de tai chi chuan.
O sucessor de Chang Sangfeng foi o também monge taoista Taiyi Zhenren que, no final da dinastia Ming, difundiu a arte entre os discípulos do monte Wudang. Entre esses discípulos, encontrava-se outro monge de nome Ma Yun Cheng.
Ma Yun Cheng transmitiu a arte para vários discípulos célebres, entre eles Mi Deng Xia e Guo Ji Yuan, popularmente conhecidos como "os dois santos" e Wang Zhong Yue, que denominou essa arte de Wudang tai chi chuan e escreveu o Tratado de tai chi chuan, um dos clássicos do tai chi chuan.
Wang Zhong Yue transmitiu o tai chi chuan ao famoso mestre Zhang Song Xi, que depois o ensinou a Dan Si Nan, que veio a ter como discípulo Wang Zheng Nan, que se referia à arte de Wudang como uma arte interior, distinta das artes de Shaolin, que ele chamava de arte exterior.
Segundo os historiadores Tang Hao e Gui Liuxin, seguindo a origem a partir do fato histórico de que Yang Luchan aprendeu com Chen Changxing (1771-1853) do vilarejo de Chenjiagou, o Tai chi Chuan foi criado por Chen Wangting (1600-1680) na passagem da dinastia Ming para a dinastia Qing. Esta é a versão considerada oficial pelo governo chinês .
SOBRE O JÍ E O QI
É preciso atenção na sutileza da interpretação chinesa, pois no taiji (também transliterado como taichi), esse JÍ ou CHI não é o mesmo QI (energia, ar), que o kung-fu (arte marcial chinesa) bem explora como chi kung (ou qikong). O ideograma para esse QI ( 气 ) não é o mesmo do JÍ ( 极 ). Verdade que o pano de fundo de ambos os termos pode ser afim, apontando para um sentido praticamente comum, mas o JÍ tem direção mais filosófica, quase que taoísta, com sentido de supremacia. Assim, o taiji teria um significado como sendo um conhecimento de Primeira Grandeza, dando idéia de Grande e Supremo (mais ao pé da letra). Já o QI do chikung é uma técnica de fortalecimento interno nas artes marciais chinesas, específico para o fortalecimento interno do praticante. A semelhança dos sons aos ouvidos ocidentais, é verdade, colabora para a mistura dos termos. Mas no pensamento tradicional chinês, são termos distantes com relação à pratica marcial e, principalmente, quanto ao conteúdo doutrinário.

[editar] Literatura

  • Chen, Mark, Old Frame Chen Family Taijiquan, Berkeley, CA, North Atlantic Books 2004, ISBN 1-55643-488-X
  • Chen, Xiao Wang, Chen Family Taijiquan China, ISBN 978-7-5009-3413-4
  • Dufresne,T. e Nguyen,J., Taijiquan Art Marcial Ancien de la Famille Chen, editions budostore, ISBN 2-908580-56-X
  • Gaffney, David e Sim, Davidine Siawvoon , Chen Style Taijiquan - The source of taiji boxing, North Atlantic Books, ISBN 1-55643-377-8

[editar] Estilos

São cinco os estilos de Tai Chi Chuan reconhecidos como tradicionais pela comunidade internacional, cada um deles recebeu o nome da família chinesa que o criou, desenvolveu e transmitiu. Todos tem a mesma essência e seguem os mesmos princípios básicos, diferindo na forma.
Por ordem cronológica:
Ordenados por sua popularidade, considerando o número de praticantes, teríamos: Yang, Wu, Chen, Sun e Wu/Hao.
Atualmente encontramos referências a diversos outros estilos. Alguns deles são estilos hibridos ou derivados destes cinco estilos tradicionais.
Outros alegam ter sido praticados em segredo dentro de outras famílias ou em monastérios a partir das referências milenares taoístas que deram origem a esta prática, tornando-se de conhecimento aberto ao público há menos tempo.
Entre estes exemplos se inclui o estilo Wudang, referência ampla à prática de Tai Chi Chuan realizada ainda hoje nos templos da montanha de Wudang (não confundir com o estilo contemporâneo que tomou para si o nome de Tai Chi Chuan de Wudang).
Há também o que poderíamos chamar de Tai Chi Chuan estilo de Pequim, composto por Formas padronizadas pelo Governo Chinês, através do Comitê Nacional de Esportes da China, desenvolvidas exclusivamente para fins terapêuticos e esportivos. Hoje em dia muito popular não apenas na China mas em todo o mundo.

[editar] As treze posturas fundamentais

Enquanto arte marcial, o Tai Chi Chuan se baseia em treze conceitos fundamentais (Shi San Shi 十三势). Estas posturas/movimentos podem ser reconhecidos nas diversas formas praticadas pelos diferentes estilos. Cada escola interpreta estes conceitos com pequenas variações.
São conhecidas como As Oito Portas e os Cinco Passos 八門 五步, em chinês são denominadas: Peng, Lu, Ji, An, Cai, Lie, Zhou, Cao, Jin, Tui, Gu, Pan e Ding.
As Oito Portas (Bā mén) se associam às oito direções representadas pelos oito trigramas do Pa Kua (py bā guà 八卦), elementos básicos na constituição do I Ching (py Yijing 易经 ).
  • Os quatro lados (Si zheng 四正)
Péng 掤 (aparar)
履 (desviar)
擠 (pressionar)
Àn 按 (empurrar)
  • Os quatro cantos (Si yu 四隅)
Cǎi 採 (colher e puxar)
Liè 挒 (colher e quebrar)
Zhǒu 肘 (golpe de cotovelo)
Kào 靠 (golpe de ombro)
Os cinco passos (Wǔ bù) 五步 podem ser relacionados aos Cinco Elementos cósmicos (五行 py wǔ xíng) que fundamentam a medicina tradicional chinesa: madeira, fogo, terra, metal e água (木, 火, 土, 金, 水).
Jìn bù 進步 (avançar)
Tùi bù 退步 (recuar)
Zǔo gù 左顧 (olhar à esquerda)
Yòu pàn 右盼 (olhar à direita)
Zhōng dìng 中定 (equilíbrio central)

[editar] Os dez princípios essenciais

Conforme Yang Chengfu:
  1. Suspender a cabeça pelo topo com leveza e sensibilidade [Xu Ling Ding Jin]
  2. Esvaziar o peito [Han Xiong] e alongar as costas [Ba Bei]
  3. Relaxar a cintura [Song Yao]
  4. Distinguir entre o cheio e o vazio [Fen Xu Shi]
  5. Relaxar os ombros [Chen Jian] e soltar os cotovelos [Zhui Zhou]
  6. Usar a mente e não a força muscular [Yong Yi Bu Yong Li]
  7. Interligar os movimentos da parte superior e inferior do corpo [Shang Xia Xiang Sui]
  8. Unir o interior e o exterior [Nei Wai Xiang He]
  9. Mover-se com continuidade, sem rupturas [Xiang Lian Bu Duan]
  10. Buscar a quietude dentro do movimento [Dong Zhong Qiu Jing]

[editar] Arte marcial, esporte ou prática para a saúde?

O Tai Chi Chuan é praticado atualmente em escala mundial.
O Tai Chi Chuan já foi concebido e se desenvolveu na antiguidade como uma forma avançada e eficaz de combate: a função de guarda costas foi exercida por diversos praticantes da família Chen; instrutores da família Yang deram aulas para a guarda imperial e posteriormente para o exército republicano chinês.
Sua aplicação como arte marcial acontece através do uso de movimentos circulares e contínuos que acompanham e complementam os movimentos do adversário de um modo similar ao ilustrado pelo símbolo do Tai Chi.
Ao definir o Wushu (o termo chinês para arte marcial), Jet Li, famoso artista marcial e ator, comenta que: Com o advento da tecnologia você tem armas, canhões, bombas nucleares e outras armas avançadas. Aprender wushu não serve mais ao objetivo de lutar corpo a corpo contra tigres, invasores etc.. Hoje, se você mata ou aleija alguém com um movimento impressionante de wushu aprendido com dez anos de um programa intensivo de treinamento, isso não vai te ajudar a sobreviver. A polícia vai te prender por assassinato, a sociedade vai te rejeitar, e a coisa toda teria sido feita muito mais rapidamente puxando o gatilho de uma pistola com um silenciador. Agora, a sociedade valoriza a prática e exibição do wushu de formas diferentes. Ele conclui dizendo que, na sua opinião, a melhor razão de todas para realizar estas práticas: é que ele permite que a pessoa exercite o seu corpo e melhore a sua saúde.
(nota: a origem destas citações é o Artigo DEFINIÇÃO DE WUSHU por Jet Li (disponível em inglês em www.jetli.com), conforme a tradução disponível no Portal do Kung Fu - link abaixo, entre as páginas externas)
O próprio símbolo do yin/yang, conhecido também como diagrama do Tai Chi, é a melhor metáfora para refletir sobre quaisquer posturas que se apresentem como polos opostos em uma discussão.
Este símbolo mostra a interação dos opostos e como um interage, define e amplia o significado do outro. A prática do Tai Chi Chuan focada na questão marcial e a prática focada na questão da saúde podem ser vistas como estes polos extremos, para que o treinamento seja efetivo é necessária a presença destes dois aspectos.
A adequação da proporção entre estes dois aspectos dentro do trabalho realizado por um instrutor com um grupo específico depende da formação do instrutor segundo uma escola que enfatize mais um ou outro aspecto, da visão pessoal do instrutor sobre a prática e das necessidades específicas do grupo de alunos com que trabalha (um grupo de adolescentes e um grupo de terceira idade naturalmente necessitam de propostas distintas).
Sabendo isto, é importante que o interessado em praticar Tai Chi Chuan converse com os responsáveis pela orientação de seu grupo para descobrir como são abordados os diferentes aspectos pertinentes a esta prática, como: a auto defesa; o treinamento para a saúde; o equilíbrio dos aspectos fisícos, emocionais, mentais e espirituais verificando se estas posturas correspondem às suas expectativas em relação à prática.

[editar] Árvore genealógica das linhagens

Personagens lendárias
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                                   Zhang Sanfeng*
                                  aproximadamente século XII
                                         NEI CHIA
                                             |
                                       Wang Zongyue*
                                        TAI CHI CHUAN
                                             |
Os cinco estilos tradicionais
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                                     Chen Wangting
                               1600-1680 9ª geração Chen
                                         ESTILO CHEN
                                               |
                                               +--------------------------------+
                                               |                                |
                                     Chen Changxing Chen Youben
                               1771-1853 14ª geração Chen          circa 1800s 14ª geração Chen
                                         Chen Old Frame                    Chen New Frame
          |------------------------------------|                                |
   Chen Gengyun Yang Luchan Chen Qingping
          |                                  1799-1872                        1795-1868
      Chen Yanxi ESTILO YANG
          |                                                     Chen Small Frame,ZhaoBaoFrame
     Chen Fake |                                 |
     1887-1957                       +------------------------+--------------+   |
          |                          |                        |              |   |
     +-------------------+     Yang Banhou Yang Jianhou Wu Yu-hsiang
     |         |         |       1837-1892                  1839-1917         1812-1880
   ChenZaoXhu ZhaoKuei  ZhaoPei  Yang Small Frame             |            ESTILO WU/HAO
    |                              |                          |
Chen Xiao Wang |             +-----------------+            |
    |                              |             |                 |            |
 Chen Yingjun Wu Chuan-yü Yang Shaohou Yang Chengfu Li I-yü
                            1834-1902       1862-1930          1883-1936     1832-1892
                                   |    Pequena Forma Yang  Forma Longa Yang
                                                                   |            |
                          Wu Chien-chuan Fu Zhou Wen Hao Wei-chen
                            1870-1942                              |         1849-1920
                            ESTILO WU Yang Shouchung |
                            108 Form 1910-1985    Sun Lutang
                              |                                                1861-1932
                           Wu Kung-i ESTILO SUN
                          1900-1970
                              |                                                  |
                           WuTa-kuei Sun Tsun-chou
                           1923-1970                                           1893-1963
FORMAS MODERNAS
Comissão de Esportes Chinesa (1956)
  Forma de Beijing de 24 Posturas e outras
  .
  Cheng Man-ching (1901-1975) Forma Curta de 37 posturas
  .
Notas sobre a tabela
A indicação “personagens quase lendários” significa aqui que a sua participação na linhagem, embora aceito pela maioria dos estilos, não tem como ser verificada a partir de registros historicos conhecidos de forma independente (o que não significa que não tenham existido).
As formas curtas de Cheng Man-ching e da Chinese Sports Commission, embora se proclamem derivadas das formas da família Yang, não são reconhecidas como Tai Chi Chuan estilo Yang pelos Mestres desta família.
As famílias Chen, Yang e Wu desenvolveram suas próprias formas curtas para fins de demonstração e competição.
Esta tabela ainda está incompleta.

[editar] No Brasil

No Brasil a divulgação da prática do Tai Chi Chuan teve seu início na década de 1960 em São Paulo e no Rio de Janeiro, capitais que contam com a presença de um grande número de chineses.
Estes mestres chineses pioneiros e seus discípulos introduziram e propagaram no país as diversas linhagens tradicional desta arte. Em São Paulo: Wang Te Cheng, Wong Seung Kueng, Liu Pai Lin, Chan Kowk Wai, Chen Guo Suo, Lo Siu Chung, Li Wing Kay , Lope Chiu Ping Lok, Liu Zhong Ping, Leonardo Liu [1]. No Rio de Janeiro: Hu Hsin Shan, Wu Chao Hsiang, Wu Jyh Cherng e a partir dos anos 1990 Chen Xiao Wang, Shen Hai Min, Chen Yin Jun, Yang Zhenduo e Yang Jun.
Diversos professores brasileiros, alunos desses e de outros mestres, têm se destacado no ensino dessa arte, sendo responsáveis pela publicação de diversos livros, vídeos, revistas e artigos científicos.
Entre outros podem ser citados: Angela Soci, Begoña Javares, Bruno Davanzo, Chang Whan, Cleber F. L. de Souza, Eduardo Brandão, Eduardo Molon, Estevam Ribeiro, Elizabeth Saldanha, Jayme Chang, Jorge Corral, Levis Litz, Marcio Lacerda, Marco Natali, Marcos Vinicios Almeida, Marcus Maia, Maria Lúcia Lee, Mestre Bene, Nilson Carvalho, Roque Henrique Severino, Rubens Pinheiro (IPKF), Eduardo Viana, Sergio Villasboas, Silvio Kato, Venceslau Cardoso de Oliveira (Mestre Lau), Walter Rodrigues e Alexandre Vitoriano .
Linhagens
Wu Kung-i
            |
     Wong Seung Kueng
Yang Banhou                Yang Jianhou
 1837-1892                  1839-1917
     |                          |
     +--------------------------+-----------+
                                |           |
                                |       Li Jingli
                                |       1884-1931
                                |           |
                                |           |
                                |           |
                                |      Ku Yu Cheong
                                |           |
                                |      Yim Sheung Mo
                                |           |
                                |      Chan Kowk Wai
                                |  (no Brasil desde 1960)
                                |
                                +
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   |                            |                            |             + Roque Henrique Severino
Liu Pai Lin                Fu Zhongwen                Yang Zhenduo    -+   | Maria Angela Socci
  1908-2000                  1903-1994                    1926-        |   | Adriano D'Ávila
Tai Chi Pai Lin                 |                            |         +---| Fernando de Lazzari
               +-------------------------------+             |         |   | Marcio Lacerda
               |                               |             |         |   | Carla Rocha
          Shen Haimim                                    Yang Jun     -+   | Sergio Villasboas
              ( )                                          1968-           + …
               |                                             |
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Estevam Ribeiro  Begoña Javares  Chang Wan   Marcus Maia
Chen Fake
                1887-1957
                    |
              +-----------+--------+
         ChenZaoXhu   ZhaoKuei ZhaoPei
              |
      Chen Xiao Wang------------+
          |                     |
   Chen Yingjun       +--------------------+
                      |                    |
                 Estevam Ribeiro     Begoña Javares

I-chuan

-Chuan , I-Ch'uan ou (Yiquan) (意拳), significa Boxe da Intenção/Pensamento (Yi) também conhecido como, Ta Ch'eng Ch'uan ou (Dachengquan) (大成拳) (Arte da Grande Realização) é uma arte marcial chinesa desenvolvida pelo mestre chinês Wang Xiang Zhai (1885-1963) por volta de 1920, baseando-se no Hsing-I Chuan (Xingyiquan), Tai Chi Chuan (Taijiquan) e Pa Kua Chang (Baguazhang), estilos internos (Neijia) de Wushu, eliminando tudo que considerava supérfluo.

Wang Xiang Zhai também desenvolveu o famoso método Zhan Zhuang um tipo de meditação praticada em pé, conhecido mais popularmente com o nome Postura da Árvore. O Zhan Zhuang é parte integrante e inseparável do I-Chuan. Sua base enfatiza o treinamento mental e não apenas fisico, através do qual é possível desenvolver todo potencial humano ao seu nível mais elevado e de forma segura no menor tempo possível. Sendo atualmente considerado o mais eficiente sistema de treinamento de 'energia' (Qi).
O I-Chuan é um método muito particular pois não se assemelha a nenhuma outra arte marcial, não possuindo rotinas fixas as formas (Taolu) ou sequência de movimentos, é totalmente novo, moderno e científico, rompendo com tradições antiquadas e ineficientes e seus conceitos místicos que nada tem a ver com a realidade do combate ou treinamento, o I-Chuan é basedo em ciência de combate e experimentação científica, comprovando a genialidade de seu criador mestre Wang Xiang Zhai.
É muito apreciado em hospitais chineses no tratamento de diversos males da saúde por auxiliar de forma clara e num tempo relativamente curto na melhoria dos pacientes pois, desenvolve a energia vital Chi (Qi) fortalecendo o sistema imunológico e o organismo de forma geral.
Como arte marcial é de extrema eficiência e é bem conhecido na China, que mestre Wang Xiang Zhai jamais foi vencido após desenvolver o I-Chuan, lançou desafios em jornais chineses a quem quisesse testar suas habilidades, enfrentou campeões de outras artes de diversas partes do mundo que o procuravam por sua fama, ninguém jamais obteve sucesso. Após algum tempo passou a colocar seus melhores alunos para lutarem em seu lugar, acaso algum deles fosse vencido então o desafiante enfrentaria mestre Wang o que nunca ocorreu.
Muito praticado em toda Europa e China vem sendo apreciado e difundido pelo mundo, seu sucesso se deve a sua simplicidade e eficiência, no Brasil chegou pelas pelas mãos do mestre Wang Te Cheng (王铁成) no ano de 1986, famoso no Wulin (círculo de artes marciais da China), a responsabilidade atual de divulgação do I-Chuan da linha de mestre Wang Te Cheng é de seu filho mestre Wang Yong Jun.

[editar] Técnicas

É um método simples composto basicamente de sete técnicas :
  • Zhan Zhuang (站樁): posturas estáticas.
  • Shi Li (試力): testando a força.
  • Motsabu (摩擦步): movimentos aderentes dos pés.
  • Fa li (發力): emissão de força.
  • Shi Sheng (試声): energia vocal.
  • Tui Shou (推手): empurrar com as mãos.
  • San Shou/Ji Ji Fa (散手): prática de combate.

Wing Chun

O Wing Chun (Ving Tsun ou Wing Tsun) é um sistema de luta surgido no sul da China que se distingue pela economia de movimentos e utilização da estrutura óssea.

Sendo um dos sistemas de luta mais populares em todo o mundo atualmente, [carece de fontes?], a arte baseia-se na leitura da inteligência da "Garça" com a "Serpente" e na base do "Carneiro". Embora muitos mestres oficiais do Wing Chun espalhados por todo o mundo trabalhem para o crescimento deste estilo, sua grande popularidade no ocidente veio a partir de seu praticante mais famoso, Bruce Lee, (discípulo de Yip Man), que o praticou e o valorizou, utilizando-o como base para o "estilo" de luta que ele viria a criar tempos depois, o Jeet Kune Do.

Índice

[esconder]

[editar] Descrição

Wing Chun é um sistema de defesa pessoal realista, criado na China por uma mulher (monge shaolin). Simples e eficiente, descarta todo movimento acrobático. É uma arte marcial singular, desenvolvida para permitir que qualquer tipo de pessoa, independentemente de tamanho, força ou sexo, possa se defender de agressores maiores e mais fortes.
Neste Sistema trabalha-se com todas as possibilidades: mais de um atacante, ataques de qualquer direção, de pé, sentado ou já no chão, etc...
Mais antigo que o Karatê e o Tae Kwon Do[carece de fontes?] (só para citar duas excelentes e muito diferentes artes marciais), suas origens vêm do mosteiro Shaolin (Siu Lan), onde a mestra de artes marciais, Monge Ng Mui, possuía habilidade técnica superior aos combatentes do seu tempo[carece de fontes?]. Segundo a lenda, partindo do conhecimento dos estilos tradicionais, e pela leitura da luta entre a serpente e a garça, Ng Mui criou um novo e eficaz sistema de combate, que não só retificava as debilidades dos sistemas convencionais, mas também tirava proveito delas. Tornou-se um sistema de luta com o passar das gerações, onde outros mestres da arte incluíram novas técnicas, como por exemplo, a introdução do bastão longo, na época dos "Juncos Vermelhos" (Embarcações da Ópera Chinesa).
A principal diferença, entre os estilos praticados até então, está em seu conceito de defesa. Enquanto em outras artes marciais procura-se acima de tudo bloquear o ataque do agressor para depois contra-atacar, ou mesmo desviar este ataque para depois contra-atacar, o princípio básico do Wing Chun é o de utilizar esta força contra o próprio agressor, onde a defesa já funciona como ataque e vice-versa.

[editar] História

Há aproximadamente 250 - 300 anos atrás, o povo chinês Han vivia sob mercê do povo Manchu, guerreiros da nobreza da China. Os Hans eram proibidos de praticar artes marciais, mesmo sendo a etnia da grande maioria da população chinesa até hoje. Contudo, no templo de Siu Lan, era possível praticar o Kung Fu, sem restrições, pois as artes marciais tinham papel importante para o maior entendimento na busca da iluminação.
Existem várias versões para a história do sistema envolvendo o templo de Shao-Lin (Siu-Lan), a monja Ng Mui, e a jovem Yim Wing Chun, de acordo com a linhagem a que pertencem. A partir de "Leung Bok Toa" (marido de Yim Wing Chun) a história basicamente segue igual, com exceção de algumas recentes versões que descartam totalmente a existência de Yim Wing Chun como uma pessoa, e dão um salto na história até a era dos juncos vermelhos. Aqui são apresentadas algumas destas histórias de acordo com suas linhagens:

[editar] Do Templo à Yim Wing Chun na Linhagem Leung Ting

É dito que o mosteiro Shao-lin (Siu Lam, no dialeto cantonês) dispunha de 36 câmaras (ou templos). Uma dessas câmaras, a Vein Tsun Tong, era liderada pela monja budista N´g Mui, já conhecida na época por ser perita no estilo "Weng Chun Bak Hok Pai" - Weng Chun da Garça Branca da província de Fujian.
Devido a problemas políticos e por suspeitas de conspiração e atividades rebeldes, o governo Qing ateou fogo no templo Shaolin e declarou a monja N'g Mui, juntamente com outros mestres do templo, foras-da-lei. Fugindo então de Fujian, eles se dispersaram por diferentes partes do sul da China.
N'g Mui dirigiu-se ao distrito que fica na fronteira entre as províncias de Yunan e Szechuan, e se estabeleceu no "Bak Hok Koon", ou Templo da Garça Branca na montanha Tai Leung. Ao chegar a essa região, deparou-se com algumas técnicas inovadoras, levando-a a reformular o que já sabia, criando um novo sistema de combate.
Lá, a monja aceita somente uns poucos alunos, dentre eles Yim Wing Chun (Yim Ving Tsun), uma linda garota filha dum comerciante local, muito assediada por alguns locais, e por um rufião, que era temido por ser um bom lutador. A monja então, mediante exaustivos treinos, ensina sua técnica e conhecimentos à garota.
Wing Chun, adulta, se casa com um vendedor chamado Leung Bok Chau (Leung Bok Toa), comerciante de sal de Guangdong, por um acordo firmado pelos pais de ambos. A discípula então ensina ao marido a técnica e este o aperfeiçoa.

[editar] Do Templo à Yim Wing Chun

O templo de Shao-Lin da província de Henan era um lugar onde muitos revolucionários de partidos esquerdistas procuravam exílio, numa época onde o templo era muito respeitado. Entretanto, não era do interesse do Governo Manchu que esses rebeldes permanecessem vivos, e devido aos monges constantemente aceitarem peregrinos, tornou-se de fácil acesso para certo espião que, disfarçado, envenenou toda a água e ateou fogo nas dependências do templo, abrindo as portas e permitindo a entrada dos soldados Manchus.
Após a destruição de Shao Lin pela invasão do exército Manchu, Ng Mui, decidida a continuar na vida religiosa, ingressou no templo da garça branca onde, ali próximo, conheceu o velho Yim Yee. Segundo a história, Yim Yee tinha uma filha chamada Yim Wing Chun, que conforme os costumes chineses da época, tinha sido prometida em casamento, para um negociante da província de Fukin Neste lugar, havia homem chamado Wong que provavelmente pertencia a hierarquia governamental da região, e que era famoso tanto por sua habilidade em lutar quanto por seu mau procedimento. Atraído pela beleza de Yim Wing Chun, Wong queria-a como uma de suas concubinas, dizendo que, ou ela se casava com ele, ou ele a tomaria à força em uma determinada data. Yim Yee estava velho e já não tinha mais condições físicas de enfrentar o valentão em um duelo, o que era muito comum nesta época para resolver diversos assuntos. Todos os dias, ele e a filha se preocupavam com a data que se aproximava sem saberem o que fazer.
Enquanto isso, a monja Ng Mui que estava hospedada no templo da garça branca, costumava descer à vila, no sopé da montanha para fazer pequenas compras. Certo dia, conversando com Yim Yee, ficou sabendo do que se passava, e se propôs a ajudar. Yim Wing Chun passou a estudar sob a tutela de Ng Mui, e como conseqüência de seu aprendizado, ela mesma resolveu duelar contra Wong, conseguindo derrotá-lo em um combate onde à questão disputada era sua própria liberdade. Mais tarde, casou-se com o noivo que lhe tinha sido reservado, de nome Leun Bok Tao, o qual já possuía conhecimento de artes marciais antes de desposá-la. Depois do casamento, Yim o via praticar seus exercícios e fazia-lhe sugestões a respeito de certas técnicas. A princípio, prestou pouca atenção a essas sugestões, pois se considerava um bom lutador. Mas o tempo foi passando e começou a notar certas pertinências em suas observações. Também não se esquecia do fato que havia derrotado um homem no passado. Resolveu então, desenvolver as técnicas de sua esposa, a qual passou a chamar de Wing Chun Kuen (Punhos de Wing Chun)

[editar] De Leung Bok Toa a Yip Man nas Linhagens de Yip Man

De Leung Bok Toa (Leung Bok Chau), o sistema é passado à Leung Lan Kwai, médico herbário e osteopata. Até esta época, a Arte ainda não havia sido nomeada, todavia, ao ensiná-la, "Bok" dá o nome de sua amada esposa ao novo sistema: "Wing Chun Kuen", em português, "Punhos de Wing Chun" (em homenagem a ela). O nome próprio de Wing Chun pode ser traduzido como: "Eterna Primavera" ou "cantar em louvor à chegada da primavera".
Leung Lan Kwai sucessivamente ensina-o para Wong Wah Bo e Leung Yee Tei. Esse foi o período conhecido como dos Juncos Vermelhos, que constituía numa apresentação itinerante, onde esses mestres se apresentavam, a estes foi atribuída também uma atividade revolucionaria contra o governo Manchu.
O sucessor destes foi Leung Jan (considerado Rei do Wing Chun), que modificou algumas técnicas e passou para Chan Wah Sun e também para seus próprios filhos, iniciando a fase Fat Shan (cidade onde estes mestres residiam).
De Chan Wah Sun e Leung Bik (filho de Leung Jan),o estilo é ensinado a Yip Man que o difunde em Hong Kong, e, através de seus filhos e alunos é difundido em escala mundial.

[editar] Como o Wing Chun Chegou ao Ocidente

O Wing Chun foi Transmitido em secreto em algumas linhagens, e em âmbito familiar na de Yip Man, até a década de 40, quando este teve que se mudar para Hong Kong. Alguns de seus primeiros alunos foram Wong Shun Leung, Tsui Sheung Tin, Hawkins Cheung, Ho Kam Ming, Bruce Lee, Duncan Leung e Leung Sheung. Bruce Lee (que treinou de 1954 a 1958) ao chegar nos Estados Unidos, provavelmente foi a primeira pessoa a fazer a transliteração fonética do chinês para o inglês: "Wing Chun". Entretanto, alguns estudantes do Patriarca Yip Man em Hong Kong, não gostaram da associação da sigla W.C. (banheiro) com o sistema, e assim o transcreveram em "Ving Tsun". No final da década de 60, por motivos de saúde, o Patriarca Yip Man decidiu não mais ensinar, entregando sua escola aos cuidados de seus estudantes mais antigos. Na tradição chinesa é dito que ele "Fechou as portas!".

[editar] Por intermédio de Leung Ting

O Patriarca Yip Man não poderia imaginar que o adolescente, que um dia encontrou parado nos degraus de sua porta, pudesse ter tanto interesse por sua pessoa e pelas técnicas do Wing Tsun.
Leung Ting que já havia passado quase oito anos sob a orientação de Leung Sheung (primeiro estudante de Yip Man em Hong Kong) foi aceito pelo patriarca como discípulo “a portas fechadas” (estudante particular) e aprendeu as técnicas mais avançadas do Wing Tsun. O Grande Mestre instruiu Leung Ting de uma maneira muito peculiar. Em vez de corrigí-lo, começando com a primeira forma, iniciou suas lições com a mais avançada das técnicas de mão vazia, isto é, com a técnica do boneco de madeira.
Com a idade de 19 anos, Leung Ting, estudante da Universidade Batista de Hong Kong, formou nesta universidade sua primeira turma de Wing Tsun. Em apenas seis meses ele tinha mais de 120 alunos. Um verdadeiro recorde naqueles tempos, visto que por causa dos tradicionais métodos de ensino seguidos na época, nenhum outro instrutor de Wing Tsun contava com um número tão grande de alunos. Sendo responsável por tantos alunos, Leung Ting viu-se obrigado a desenvolver um sistema de ensino mais moderno e que pudesse satisfazer as necessidades de cada praticante em especial. Criou um programa sistemático de aulas, que garantia ao aluno poder continuar e aprender todas as técnicas, sem faltar sequer uma. Esse foi o início do método que se tornaria muito conhecido no mundo.
Em 1972, no ano de falecimento do Patriarca Yip Man, e na época que Bruce Lee se tornava o astro de cinema mais famoso no sudeste da Ásia, Leung Ting começava o seu trabalho de desenvolvimento, atualização e modernização da arte do Wing Tsun.

[editar] Por Intermédio de Wong Wai Chung (Greco Wong)

No final da década de 1950, Greco Wong, residindo em Hong Kong, e já tendo experiência em kung fu e esgrima iniciou seu aprendizado em wing chun com Tsui Sheung Tin, posteriormente com Mak Po e depois com Moy Yat, todos estes treinavam diretamente com o grande mestre Yip Man. Através de Moy Yat, Greco Wong fora apresentado a Yip Man, com o qual teve aulas particulares na casa do grande mestre por bom tempo. Greco Wong tem como seu aluno de primeira geração, Thomas (Lo Siu Chung), aluno da época em que ensinava na faculdade em Hong Kong, inicialmente a um grupo de 5 alunos. Em 1969 Greco Wong lança a primeira publicação sobre wing chun para o ocidente; wing chun kung fu, methods of self defense; junto a R. Clausnitzer. Greco Wong residiu na Àfrica do Sul, Inglaterra, Hong Kong, e atualmente Canadá. Divulgou ensinando nos países por que passou, além de seus discípulos se estabelecerem em outros países como Taiwan, Brasil. Greco Wong não ministra mais aulas abertamente; enquanto manteve aulas abertas a público contruiu uma reputação de um mestre do qual seu ensino foi muito rigoroso em relação a disciplina, a técnica e sua aplicação real, a relação tradicional entre mestre e aluno. A maneira de se ensinar, de Greco Wong sempre se manteve de maneira reservada.

[editar] Por Intermédio de Duncan Leung

Apresentado a Yip Man por Bruce Lee seu primo, Duncan (Leung Siu Hung) passou a treinar pagando US$ 08,00 por mês, e depois U$ 12,00, convicto de que toda vez que brigasse na rua sairia vencedor, o que aparentemente acontecia, pois desferia vários socos no rosto de seu oponente, o qual sangrava muito, entretanto, quando chegava em casa tinha que passar pomada nas costelas pois também tinha sido muito golpeado.
Observando as técnicas dos alunos mais antigos, foi a Yip Man e disse: "Isto é tudo que aprenderei?" - Pois Duncan já não estava mais tão impressionado. "O que mais você esperava pagando apenas US$ 12,00?" - Respondeu Yip Man. "Você tem US$ 300,00?" - Concluiu. A partir de então, Duncan passou a ter aulas individuais em sua casa pelo período de quatro anos e meio com o idoso Mestre Yip Man, com o qual concluiu todo o estilo, até que teve que viajar para a Austrália para cursar o ensino superior em Administração. Em 1970 mudou-se para os EUA e hoje reside seis meses na china e seis meses nos EUA.
Em 1970 começou a dar aulas a policiais americanos, em New York. Nos anos 80 passou a treinar o "Seal Team" - grupo especial da Marinha norte-americana. A seguir, ministrou aulas para a SWAT e o FBI em Virginia Beach, sendo o único Chines a morar na cidade dos militares em Virgina Beach.

[editar] Um Método Moderno

[editar] Por Leung Ting

Em 1973, para distinguir o seu método de ensino, Leung Ting adotou uma forma exclusiva[carece de fontes?]: "WingTsun" (escrito com uma só palavra, e cuja sigla é WT) e criou a sua própria organização, que hoje é denominada International WingTsun Organization (IWTO)[carece de fontes?].
Hoje, a IWTA é a maior organização profissional de arte marcial no mundo[carece de fontes?], com representantes em mais de 63 países[carece de fontes?] (aproximadamente 4.000 escolas[carece de fontes?]). Sua sede é em Hong Kong, na movimentada avenida Nathan Road (na academia original onde o Patriarca Yip Man ensinava), e lá o GGM Leung Ting ainda ministra as suas aulas[carece de fontes?].
Após mais de 25 anos ensinando e pesquisando, a compreensão de Wing Tsun do GGM Leung Ting difere grandemente das teorias dos primeiros estudantes de Yip Man[carece de fontes?].
Leung Ting foi o primeiro a refinar o método tradicional de ensino do Wing Chun em um completo sistema de combate adequado ao mundo moderno, e que nos dias atuais é conhecido em todo o mundo por WingTsun (WT)[carece de fontes?].

[editar] Por Duncan Leung

De 1997 a 1999, produziu cinco fitas de vídeo, onde apresenta alguns dos níveis de treinamento do Sistema Wing Chun.
Em 2002, fundou sua organização, Applied Wing Chun, com o propósito de unificar seus seguidores ao redor do mundo, e diferenciar sua linhagem das demais.
Ainda em 2002, foi convidado pelo governo Chinês para transmitir seus conhecimentos, a fim de preservar o Autentico Wing Chun de Yip Man. Tornou-se assim, o único mestre a ser subsidiado e autorizado pelo governo Chinês a ministrar Wing Chun.
Em 2005, lançou no idioma Inglês, um livro contando histórias sobre sua vida, fatos sobre o Wing Chun e seu Mestre Yip Man, bem como sua relação com Bruce Lee.

[editar] Wing Chun na Europa

[editar] Leung Ting

Em 1975, como resultado das visitas de Leung Ting a Europa, foi fundada por Keith R. Kernspecht, a Europäischen WingTsun Organisation (EWTO).
Keith R. Kernspecht teve um imenso sucesso na propagação e organização do WingTsun pela Europa. Hoje, ele é conhecido como o "o pai do WingTsun no Ocidente". Atualmente ele supervisiona mais de 14 países, incluindo a Alemanha - a capital européia do WingTsun. O quartel-general da EWTO está localizado na Alemanha próximo a cidade de Heidelberg, no castelo Langenzell (Schloss Langenzell). Sempre que houver dúvida quanto à qualificação de qualquer pessoa oferecendo instruções sobre WT, WT-ChiKung ou Escrima, basta contatar-nos.

[editar] Wing Chun no Brasil

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[editar] Rubens Pinheiro

Mestre Rubens Pinheiro (Kwok Chan Wu) é discipulo e representante do Grande Mestre Samuel Kwok para o Brasil e America do Sul. Grande Mestre Samuel kwok é o mais alto grau em Wing Chun da Família Ip Man, discipulo dos Grandes Mestres Ip Chun e Ip Ching, filho do Patriarca Ip Man. Wing Chun Ip Man é uma arte marcial tradicional que não se baseia no uso da força bruta e adapta-se ao gosto dos que pretendem dominar técnicas de defesa pessoal, manter ou adquirir boa forma, melhorar a saúde e o poder de concentração, preparar-se para competições, ou simplesmente desfrutar momentos de lazer. Homens e mulheres podem igualmente desfrutar dos múltiplos benefícios da prática do Wing Chun Ip Man, pois o método de transmissão da arte permite uma evolução segura e confortável, tanto para quem já tem, como para quem não tem qualquer experiência marcial ou desportiva.
Seguindo a tradição, o sistema Wing Chun Ip Man, o qual é apresentado em sucessivos graus, que são agrupados em seis principais níveis:
1. Siu Nin Tau (Pequena Idéia Inicial); 2. Chum Kiu (Atravessar a Ponte); 3. Biu Ji (Dedos que Voam); 4. Muk Yan Jong (Boneco de Madeira); 5. Luk Dim Bune Gwan (Bastão Seis Pontos e Meio); 6. Baat Jaam Dou (Facas de Oito Cortes);

[editar] Chan Lau Ting

Aluno das Escolas de Cheng Kam Cheung e Wong Po Kam, ambos da Linhagem de Ho Kam Ming de Macau, e de Leung Gi de Foshan, Chan Lau Ting saiu de Macau ainda no início dos anos 70. Inicialmente se instalou em Maracaibo, Venezuela, onde esteve por quatro anos antes de se mudar para o Distrito Industrial, município de Juiz de Fora, Minas Gerais. Foi em Juiz de Fora que ensinou uma forma de Wing Chun com clara influência do Chin na, outra arte marcial chinesa, por cerca de dez ou onze anos. Apesar do menor tempo em que esteve na Venezuela é mais conhecido naquele país do que propriamente no Brasil, talvez por não ter sido muito ortodoxo em seu ensino de Wing Chun. Mestre Chan Lau Ting faleceu recentemente, em 2007, de câncer, após ter retornado à China. Seu representante no Brasil é Marcelo Dantas

[editar] Li Hon Ki

Shifu Li Hon Ki é mestre da 8ª geração do Wing Chun Kuen, tendo iniciado seus treinamentos na escola de Sifu Yip Man, em 1968. Chegou ao Brasil em 1979, tornando-se uma das mais importantes lideranças do Kung Fu nacional, onde passa a divulgar seus conhecimentos de Wing Chun adquiridos em Hong Kong para o público brasileiro.
Por essa época ele havia treinado com Ho Kam Ming, Ng Chang, Koo Sang, e Ng Ken Po, sendo o primeiro representante na América do Sul da Hong Kong Ving Tsun Athletic Association.
Li Hon Ki, Phd, é o introdutor oficial do estilo Wing Chun na América do Sul(conforme a HKVTAA), é reconhecido como Mestre pela Hong Kong Ving Tsun Atlhetic Association e pela Yip Man Martial Art Association, além de ser formado em Acupuntura pelo Chinese Medical Research Institute, e em Osteologia pelo Ying Wah Institute of Chinese Medical Treatment.
Em Hong Kong, Li Hon Ki foi ator, duble e diretor técnico de filmes de Kung Fu das maiores empresas cinematográficas da cidade, como a Golden Harvest e a Shaw Brothers.
Dentre as diversas modalidades de artes marciais que treinou alem do Kung Fu, destaca-se o Tae Kwon Do, Arnis (Kalli Filipino FMA)e Muay Thai.
Mestre Kay, como é carinhosamente chamado pelos seus alunos mais antigos, iniciou seu aprendizado na arte do Wing Chun sob a orientação do Si-Fu Ho Kam Ming. Naquela época, o ensino era muito restrito, e as pessoas somente podiam aprender esta arte mediante apresentação formal. Foi Tam Chi Cheung. um aluno de Ho Kam Ming, que apresentou o jovem Li Hon Ki ao seu professor. Tam Chi Cheung, Li Hon Ki e Li Wing Kay dividiam um quarto em Hong Kong.
Toda manhã, Li Hon Ki observava seu amigo realizando práticas curiosas de um estilo totalmente diferente dos que já havia visto. Ao ser indagado sobre seus treinos, Tam Chi Cheung respondeu que se tratava de um estilo fundado por uma mulher e que era muito pouco conhecido. Ele também falou que o introdutor deste estilo, denominado Wing Chun, em Hong Kong era o Patriarca Yip Man.
Imediatamente, mostrou-se interessado e convenceu Tam Chi Cheung a apresentá-lo a seu mestre.
Nessa época, Mestre Ho Kam Ming dividia seu tempo entre suas escolas de Hong Kong e Macau. Como Li Hon Ki desejava treinar todos os dias, externou este desejo ao seu Si-Fu. Admirando o empenho de seu aluno, Ho Kam Ming apresentou o dedicado pupilo ao seu Mestre, Yip Man.
Assim, iniciou seus treinamentos na "Hong Kong Ving Tsun Athletic Association". Estamos no final da década de 60, fase em que o Grão-mestre Yip Man, por estar com sua saúde comprometida, somente supervisionava os treinamentos de seus alunos.
Em 1972, com o falecimento de Yip Man, prosseguiu seus treinamentos com conceituados professores de Hong Kong, a fim de compreender da forma mais abrangente possível os princípios que regem o Wing Chun, até que em 1992, ao acompanhar seu irmão Albert em uma viagem a Virgínia Beach, conheceu mestre Duncan Leung, com quem pode finalmente esclarecer todas as suas dúvidas. Durante dois anos, Li Hon Ki dedicou mais de dez horas por dia ao estudo do Sistema Wing Chun sob a tutela de Duncan Leung, inclusive, o auxiliando em sua escola como instrutor assistente. Residiu neste período, na própria casa do mestre, em Virgínia Beach, EUA.
Na década de 80, suas escolas foram por diversas vezes reconhecidas como as mais preparadas na divulgação do Kung Fu para combate, sagrando-se campeã por diversas vezes, fato que tornou Mestre Li Hon Ki diretor técnico de competições internacionais, orientando inclusive o Professor Marcelo Giudici, um dos grandes nomes internacionais da atualidade nos torneios de MMA (Vale tudo). Mestre Marcelo Giudici foi consagrado duas vezes campeão de combate em Kung Fu em território chinês na década de 80.
Foi um dos idealizadores e fundadores da primeira Federação de Kung Fu do Brasil, a Federação Paulista de Kung Fu, bem como organizou diversos campeonatos da modalidade em todo Brasil.
Trabalhou juntamente com Bruce Lee, Jachie Chan e Samo Hung em Hong Kong na area cinematografica.
Mestre Kay é Phd em Medicina Chinesa, sendo membro e consultor da Universidade Chinesa "Xiao Men" no Brasil, e atua como docente pela FACIBA (Faculdade de Ciências da Bahia) em cursos de extensão Universitária em acupuntura e Fitoterapia Chinesa pelo Brasil todo, proporcionando intercämbio entre os estudantes brasileiros e as Universidades Chinesas.

Na comemoração de 35 anos da "New Martial Hero Magazine" em Hong Kong, foi convidado de honra juntamente com seu mestre Duncan Leung para realizar apresentação do Applied Wing Chun na "Master Demonstration Night".
A convite do mestre Duncan Leung, participou ativamente na inauguração da Applied Wing Chun Association das Filipinas, bem como mantém alunos representantes de seu trabalho por toda América do Sul e Austrália.
Reconhecido mundialmente por sua capacidade técnica de aplicação marcial em luta desde sua juventude, acumulando importantes títulos conquistados na Asia, tanto no Kung Fu quanto no Tae Kwon Do.
Em 2010, recebe convite do mestre Duncan Leung para ser o responsável pela unidade de ensino da Applied Wing Chun em Pequim, bem como no programa Universitario de treinamento de Wing Chun patrocinado pelo governo chinës.
Li Hon Ki é um genuíno mestre em Wing Chun, com amplo conhecimento em diversas linhagens do sistema. Após aposentar-se do ensino formal, reconheceu seus discipulos mais antigos como membros da 9a Geração de Mestres no sistema Applied Wing Chun, liderado mundialmente pelo Grão Mestre Duncan Leung.

Atualmente ante a supervisão geral do grandioso mestre Li Hon Ki, os Mestres por ele formados dão continuidade a expansão do sistema Applied Wing Chun por todo o Brasil, mantendo vivo o legado dos ancestrais, preservando o autêntico Wing Chun do patriarca Yip Man.
Fatos Memoráveis:
-1979 - Chega ao Brasil para promover sua arte;
-1996 - Escreve o Livro "Ving Tsun" - Editora Marco Markovitch;
-1998 - Lança o vídeo "Kung Fu Ving Tsun";
-2002 - Recebe de seu mestre Duncan, a representação oficial da Applied Wing Chun para toda a America do Sul, sendo o único com direito a este título;
-2008 - Unifica e re-estrutura sua família no Brasil com a fundação oficial da "Applied Wing Chun Brazil".

Site Oficial da Família Li Hon Ki: [www.mestrelihonki.com.br]
Site Oficial da Applied Wing Chun Brazil: [www.appliedwingchun.com.br]

[editar] Hudson Willian

Nascido em 1980 na cidade de São Paulo, Hudson Willian Sena Vacca, desde criança tinha uma enorme paixão e atração pelas artes marciais, assistindo filmes de luta e desenhos voltados ao tema, sendo desde cedo um colecionador de revistas, pôsteres e livros sobre o Bruce Lee e Kung Fu em geral.
No ano de 1983, mudou se com sua família para Bauru, interior de São Paulo, iniciando em 1987, seus treinamentos nas Artes Marciais aos 7 anos de idade, começando pelo Judô, tendo permanecido nesta arte por apenas 1 ano.
Aos 9 anos de idade, contando com o apoio de seus amados avós, teve seu primeiro contato com o Kung Fu, tendo iniciado no estilo Wing Chun, através da linhagem da antiga União Nacional de Kung Fu, tendo permanecido 3 anos na mesma. Logo mais em 1992, aos 12 anos de idade, conheceu outros sistemas de Wing Chun, e mesmo neste tempo, quando ainda era criança, sentia que ainda faltava algo mais no seu aprendizado, momento no qual deixou o seu sistema em busca do verdadeiro Wing Chun, tão comentado em livros e revistas, como o sistema mais eficiente e pratico de Kung Fu, com o afamado Bruce Lee, o qual influenciou varias gerações.
Neste período, foi iniciado no sistema Hung Gar, graduando se, quando aos 16 anos já iniciava seu trabalho como instrutor, tendo lecionado por quase todas as academias da cidade de Bauru. Por esta ocasião também recebe a faixa preta de Tae Kwon Do pela STF, e cessa seus treinamentos nesta arte para concentrar-se em sua maior busca, o sistema Wing Chun.
Ainda no ano de 1996, já com 16 anos, teve a melhor oportunidade de sua vida dentro do sistema Wing Chun , quando conheceu o Sifu Li Hon Ki, que na época estava a lançar seu primeiro livro de Kung Fu, na época Mestre Kay (como era chamado) lecionava no Bairro da Liberdade em SP, tendo sido aceito como aluno de turma coletiva.
Neste período, aprofundou se no sistema Wing Chun, e definitivamente encontrou a Verdade, que norteou definitivamente sua experiência no Kung Fu voltado para o combate real.
Com viagens constantes para a cidade de São Paulo, Hudson Willian alcançou o nível avançado, levando a representação do Sistema Wing Chun para a cidade de Bauru e toda a região centro - oeste paulista, incluído Agudos, Piratininga, Lençóis Paulista e Barra Bonita.
Durante este período, em sua atividade esportiva, conquistou 4 títulos brasileiros, 5 títulos paulistas e vários regionais e interestaduais, pela UGAB , pela FPKT e pela FPKF.
Em 1998, foi convidado pela escola de Formação de Vigilantes Marajox para ministrar aulas nos cursos de Formação de Vigilantes, Transporte de Valores e Guarda Costas. Durante mais de cinco anos, participou efetivamente no ensino de técnicas de defesa pessoal a mais de 2.500 profissionais da segurança privada, sendo registrado na Policia Federal como Instrutor de defesa pessoal. Ainda nesta fase, colecionou 53 homenagens de Honra ao Mérito, como melhor Professor da Escola, eleito pelos próprios alunos. Atuou no treinamento de Policiais Militares e Civis em técnicas de defesa pessoal e combate real durante anos, na cidade de Bauru e região, promovendo cursos e palestras sobre o tema.
Como técnico, conquistou todos os títulos nacionais disponíveis, alem de ter alunos na seleção brasileira de Kung Fu (CBKW) e vários títulos Internacionais na área de Combate livre e Taolu (formas), tendo participado da formação de vários professores de Kung Fu de Bauru e região.
Durante alguns anos, estudou outros sistemas de Wing Chun, como meio de aprimorar ainda mais seu entendimento e buscar a compreensão pela diversidade desta arte tão complexa.
No ano de 2004, começa também a ensinar a modalidade de Kung Fu nos moldes do Sanshou (Boxe Chinês), voltado para o treinamento de atletas de competição. Mais tarde, fez parceria com o Mestre Marcelo Giudici, (Bi campeão Mundial de Kung Fu e diversas vezes campeão de Vale Tudo) desenvolvendo treinamento com este, através de seminários realizados na cidade de Bauru, com ênfase em Boxe Chinês e MMA (Mixed Martial Arts).
Em 2004 formou se em Direito, tendo realizado duas pós-graduações, alem de graduar-se em Comércio Exterior, desenvolvendo sua atividade profissional neste ramo.
No ano de 2008, após conhecer o trabalho sério da Liga Nacional de Kung Fu e da Liga Paulista, filia seus atletas a mesma, organizando o II campeonato Paulista na cidade de Bauru, ocasião em que foi homenageado pela relevância dos serviços prestados a Arte Marcial Chinesa, e recebe o convite para integrar o quadro da diretoria da Liga Paulista de Kung Fu.
Em 2008, acontece o momento mais esperado de sua vida Kung Fu, após um período de amadurecimento espiritual e marcial, retoma contato com o Sifu Li Hon Ki na realização do curso de Massagem Ban- Fa através do Mestre Marcio Silva, o qual e extremamente grato e assim, ingressa novamente na Família Applied Wing Chun, a convite do Sifu Li Hon Ki, recebendo treinamento Privado em todos os níveis do sistema Wing Chun .
Neste mesmo período, alem de graduar se em Massagem Chinesa, organiza o 1º Curso de Formação em Acupuntura na Cidade de Bauru SP, ocasião em que inicia seu estudo em Acupuntura com o Mestre Li Hon Ki, além de torna-se membro vitalício da Família Applied Wing Chun Duncan Leung – Li Hon Ki Brasil.
Em Junho de 2009, participa do seminário na cidade de Santiago do Chile, com seu Sigung Duncan Leung através da indicação de seu Sifu Li Hon Ki, para aumentar o intercambio familiar em busca do desenvolvimento do Wing Chun de Yip Man, na abordagem e interpretação do Grão Mestre Duncan Leung.
Com autorização de seu Mestre, Sifu Hudson Willian, inicia os preparativos para a vinda do Grão Mestre Duncan Leung ao Brasil em 2010, com o objetivo de realizar seminário para a família Applied Wing Chun, intercambio familiar de vital importância para todos os praticantes, sendo o Anfitrião deste evento no Brasil em sua cidade .
Ainda no final de 2009, recebe o convite de seu Mestre (Li Hon Ki) para participar do treinamento especial anual, com duração de um mês em Punny (Sul da China) para Professores, diretamente com o Grão Mestre Duncan Leung a ser realizado em 2010.
No período de julho a agosto de 2010, esteve com seu Mestre Li Hon Ki em Hong Kong e China, onde conheceu os principais pontos históricos do sistema Wing Chun, prestando homenagem no tumulo do Patriarca Ip Man, bem como participando do treinamento de combate contra os Tailandeses (lutadores profissionais de Muay Thai), presidido pelo G.M Duncan Leung e pelas principais lideranças do Wing Chun da Família Applied no mundo .
Durante o período de aprimoramento de seu Kung Fu na China, Mestre Hudson teve a oportunidade de conhecer outras linhagens de Wing Chun, bem como o Mestre Ip Chun (filho de Ip Man), o qual acompanhou a delegação da família Apllied Wing Chun em um almoço a convite do Grão Mestre Duncan Leung, onde frisou a importância da aliança entre as linhagens para a evolução do sistema.
No inicio de 2011, recebe treinamento na arte marcial Filipina (Arnis/Kalli) através do Mestre Li Hon Ki, oportunidade em que estende o treinamento para sua família Kung Fu e demais interessados em aprender esta fantástica arte marcial voltada para o combate armado.
Mestre Hudson Willian é conhecido por sua experiência como lutador e ênfase no treinamento e aplicação do Kung Fu para combate, e atualmente mantém sua matriz acadêmica, bem como sua clinica de Terapia Tradicional Chinesa na Academia Rythmos, na cidade de Bauru SP.

[editar] Thomas Lo Siu Chung

Thomas Lo Siu Chung nasceu em Hong Kong - China em 1943. Mestre Lo iniciou seu treino de kung fu logo cedo praticando Hung Kuen com seus tios em Hong Kong. Interessado em técnicas de kung Fu conheceu na faculdade em Hong kong Wong Wai Chung (Greco Wong), tornando-se seu discípulo direto. Em Hong Kong mestre Lo teve sua técnica avaliada pelo já falecido mestre Lok Yu. Fora apresentado também a outros mestres de Wing Chun como a Leung Sheung, interessou-se também pelo aprendizado de técnicas de outros estilos internos como Tai Chi Chuan, Pa Kua e treino com armas tradicionais do kung fu como wu tip do (faca borboleta), seung dan do (duplo facão tradicional), dan do (facão tradicional). cheun (lança), gim (espada) e bastão Longo (Kwan). Imigrou para o Brasil em 1969 e em 1972 introduziria o estilo de wing chun kuen no Brasil na cidade de Serra Negra lecionando no clube local, no estado de São Paulo. Posteriormente se estabeleceu na capital de São Paulo.
Mestre Thomas Lo Siu Chung é reconhecido como um dos poucos mestres respeitáveis que ensina Wing Chun tradicional, sem praticamente variações, no Brasil e no Mundo.

[editar] Thomas Pinheiro

O mestre Thomas Pinheiro nasceu em 1967, na cidade de São Paulo. Iniciou sua prática no estilo Wing Chun de kung fu em 1982. A partir de 1985, sempre interessado na melhoria de seu aprendizado; estudou Wing Chun seguindo a linha do mestre Koo Sang aprendendo até o Chum Kiu. Entre 1986 a 1993, recebeu treinamento sob a linha do mestre Fong Chi Wing, chegando até o aprendizado de armas; em 1995 montou seu próprio espaço; a Wing Chun Kuen Pinheiros. Em 1996, teve a felicidade de poder ter mestre Thomas Lo como acupunturista e também dando aulas de Tai Chi Chuan na Wing Chun Kuen Pinheiros. Apesar de receber instruções sobre técnicas de Wing Chun, foi apartir de 1997 que Thomas Pinheiro pediu formalmente para ser aceito como discípulo, entendendo que mestre Thomas Lo seria capaz de ajudá-lo a aperfeiçoar seu Wing Chun (devido à riqueza de detalhes, à forma de ensino e caráter, por se tratar de um ensino tradicional e ao fato de estar muito mais próximo fisicamente, tendo aprendizado incluindo o nível de armas). Thomas Pinheiro tem como seu irmão mais velho de treino, seu Sihing Francisco Dias. Tem seu aprendizado de Yang Jia Tai Chi Chuan, e Bo Ton Chin (uma ginástica Medicinal Chinesa), de seu sifu; mestre Lo, desenvolvendo-se na prática de armas chinesas tradicionais como lança, facão, espada, bastão. Thomas Pinheiro mantém o ensino tradicional de Wing Chun e Tai Chi Chuan, Chi Kun, relacionados a segurança. Além da prática do kung fu, Thomas Pinheiro é profissional em ilustração, área na qual atua desde 1986. Também é formado em Psicologia pela F.M.U. . Permaneceu por mais de quinze anos como colaborador oficial da revista Combat Sport. Também foi colaborador das revistas: Joy, Oriente e Fighter Magazine, além de fornecer material para revistas eletrônicas como budo-online, grandes mestres e clube escola. Ministrou treinamento específico de wing chun de novembro à dezembro de 2008 na cidade de Caracas na Venezuela. http://www.academiapinheiros.com

[editar] Leo Imamura

Leo Imamura, foi aluno de Li Hon Ki, tempo no qual houve uma sincera, valiosa e honrada dedicação de ambas as partes.
A ponto de lhe ter sido concedida anuencia para que este deixasse o Brasil, e reiniciasse seu aprendizado do Sistema Ving Tsun agora sob os auspícios de Grão Mestre Moy Yat (1938-2001), com quem sentiu profunda identificação e empatia de personalidade, visão e método de transmissão.
Posteriormente foi formalmente aceito como seu discípulo, e recebeu o nome kung fu: Moy Yat Sang. Leo manteve próspera relação com Grão Mestre Moy Yat até a data de seu falecimento.
Após autorização concedida por seu Mestre, em 8 de Agosto de 1988, constituiu sua família Kung Fu ( Família Moy Yat Sang ), sendo que atualmente esta tornou-se um dos maiores Clãs de Ving Tsun na América do Sul, tendo Núcleos licenciados em cidades como: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Buenos Aires, e outras.
Sua árvore genealógica:
1a. Geração: Yim Ving Tsun; 2a. Geração: Leung Bok Toa; 3a. Geração: Wong Wah Po; 4a. Geração: Leung Lan Kwai; 5a. Geração: Leung Yee Tai; 6a. Geração: Leung Jan; 7a. Geração: Chan Wah Shuen; 8a. Geração: Ip Man; 9a. Geração: Moy Yat; 10a. Geração: Moy Yat Sang (Leo Imamura).
Seus discípulos diretos reconhecidos como 11a. geração que no presente momento atuam como Mestres Qualificados são:
Renato Almeida (Moy Ah Mei Da), Anderson Maia (Moy On Da San), Nataniel Rosa (Moy Na Tan), Julio Camacho (Moy Jo Lei Ou), Fabio Matsushita (Moy Fa Ba Ou), Fabio Gomes (Moy Gam Si), Leandro Godoy (Moy Go Chai) e Washington Fonseca (Moy Wah Sing Ton).
Leo e sua esposa Vanise Imamura também são diretores do Instituto de Inteligência Estratégica ( http://www.inteligenciaestrategica.com.br/ ). Organização, que dedica-se exclusivamente a missão de promover e atualizar instrumentos ( Programa Moy Yat Ving Tsun de Inteliegencia Marcial ) que propiciem a qualquer membro do Clã Moy, acesso a prática tradicional do Sistema, de forma integral e completa. Possibilitando não só a transmissão do conhecimento técnico que faz com que este legado seja reconhecido por sua eficiência combativa, mas também pelo seu potencial de permitir ao homem moderno lidar de forma estratégica com os desafios de seu cotidiano.

[editar] Marcelo Capano

O sistema Hung Fa Yi Wing Chun ( http://www.hungfakwoonbrasil.com.br/v1/index.php ) foi criado no século XVII graças à cooperação entre monges-guerreiros e militares de alta patente no Monastério Siulam (Shaolin) de Fukien, Sul da China – legendário foco de resistência dos revolucionários chineses contra os invasores que, em 1644, depuseram a Dinastia Ming e elevaram a família real Manchu (Qing) ao trono. Desde a destruição de Shaolin, esse verdadeiro tesouro das artes marciais vinha sendo transmitido e preservado no seio das ramificações da sociedade secreta revolucionária Hung Mun que abrigaram altos dignitários que lograram escapar do feroz ataque dos invasores Manchus.
Contudo, na virada do século XX, o conhecimento do Hung Fa Yi Wing Chun foi franqueado pelo atual Guardião do Sistema, Grão-Mestre Garrett Gee (Zhu King Hung), a todos os sinceros interessados em participar desta rica herança marcial e filosófica, independentemente de sexo, cor ou nacionalidade ou credo.
Hung Fa Yi Wing Chun preserva técnicas características dos sistemas provenientes do Templo Shaolin de Fukien, como é o caso da progressão denominada “Kiu Sao”. Preserva, ainda, a “fórmula de Wing Chun”, misto de movimentos e visualizações que permitem ao praticante traçar o seu espaço tridimensional de combate, assim como “os Dez Pontos Brilhantes” (Sap Ming Dim) e Céu-Homem-Terra (Tin Yan Dei), que permitem ao praticante posicionar-se e mover-se de acordo com as estruturas mais adequadas de sua anatomia e visando sempre à ocupação de posição superior em relação ao seu oponente.
Sifu Marcelo Capano tem 25 anos de experiência em artes marciais. Sua jornada começou cedo aos 12 anos de idade. Sua sólida formação e experiência marcial logo o fez notar que o Wing Chun de GM Gee (Hung Fa Yi) continha um tesouro que ele ainda não tinha encontrado. GM Garret Gee, após constatar a perícia de Marcelo Capano nas artes marciais, além de excelente caráter e personalidade, decidiu aceitá-lo como representante (Sifu). Atualmente Sifu Marcelo Capano é o único representante de 9 geração do sistema em toda América do Sul, autorizado por GM Garrett Gee a treinar instrutores e ministrar aulas.

[editar] Marco Natali

No início dos anos 80 foi fundada na cidade de São Paulo a União Nacional de Kung Fu (UniKung Fu). Foi a primeira academia no Brasil a ministrar sistematicamente o estilo Wing Chun Kuen tradicional. A academia ficava localizada à Av. Domingos de Moraes, zona sul da capital paulista e oferecia, além do Wing Chun, também o estilo Shaolin. No final da mesma década Mestre Marco Natali se aposenta, passando a direção da escola à Sifu D'Urbano (Francisco José D´Urbano - um de seus primeiros discípulos). Atualmente a UNKF localiza-se na cidade de Jundiaí, no interior Paulista. Pela escola treinaram grandes personalidades do Wing Chun nacional como: Francisco D'urbano, Alexandre Reis, Andre Mendonça, Angel Samaniego, Antônio Araújo (reconhecido como introdutor do sistema wing chun no estado do rio grande do norte nos anos 80), Antônio Freitas, Aylton Rocha, Carlos martins, Davi Borges, Fernando Hartung, Genivaldo Anjos, Geraldo Monerat, Gildenir Alves, Gustavo Pinheiro, Hector Alfredo, Jilvan Pinheiro, José Francisco de Lima Neto, José Roberto Grespan Melhado, Marcelo Florentino, Marco Beltran, Mário Rodrigues junior, Renato Hirata, Pedro Augusto, Silvano Barros, Thomas Pinheiro, Romulo Resende,Vladenil que ministra atualmente em Bauru na escola Lung Chuan Kung Fu entre outros.

[editar] Augusto Carvalho

Ip Man Wing Chun Kuen se estabelece no Brasil através dos discípulos de Mestre Sam Hing Fai Cham: Sifu* Augusto Carvalho, Sifu Marcio Gonçalves, Sifu Nilson Yaguinuma e Sifu Yakko Sideratos. Os quatro tem suas próprias escolas mas seguem a orientação direta do Mestre Sam Cham. Com a missão de preservar o Wing Chun da Família Ip Man. Sifu Augusto Carvalho se dedica ao Wing Chun desde o ano de 1993 e nas artes marciais desde o ano de 1976. Além do Wing Chun, Sifu Augusto Carvalho, desenvolve trabalho voltado ao Jeet Kune Do de Bruce Lee, Karate Shotokan, Tai Chi Chuan entre outros. Sifu Augusto Carvalho é um grande estudioso da cultura oriental de um modo geral. Sendo, além de Mestre em artes marciais, um terapeuta com formação na área de Psicanálise e Terapias Energéticas. É Mestre em Reiki Usui e Tibetano. Seu trabalho se desenvolve em São Paulo - SP. (*) reconhecido pela International Wing Chun Martial Arts Association.

[editar] Alex Serra

Com mais de 20 anos na pratica do Wing Chun Kung Fu, Sifu Alex Serra foi aluno do Sifu David Wolf da Escocia, também treinou Wing Tsun (sistema moderno) com Sifu Jochen Stocker e Hung Fa Yi. Faz parte da linhagem Koo Sang Yip Man. Sifu Koo Sang muito respeitado em Hong Kong, por sua habilidade na fabricação dos bonecos de madeira e armas do sistema. Mais tem se dedicado a estudos do sistema do Junco Vermelho o verdadeiro Wing Chun, por possuir mais detalhes técnicos e teoricos. Hoje o Sifu Alex Serra, ministra aulas de Wing Chun tradicional no Centro do Rio de Janeiro em sua academia de Kung Fu (www.eamas.org) e está abrindo turmas com mensalidade gratuita, para ensinar as pessoas que não tem condição de pagar.

[editar] Hans Remmel e Andreas Geller

Com o crescimento da EWTO, vários instrutores formados foram enviados para diversos países com o objetivo de expandir a organização. Em 1995 os mestres Hans Remmel e Andreas Geller, que são alunos diretos dos Grão-Mestres Kernspecht e Bill Newman (responsável pela Escrima), foram nomeados instrutores-chefes do Brasil e em 2001 do Uruguai. Aproximadamente 3 ou 4 anos os mestres Hans Remmel e Andreas Geller decobriram que o ensino do Wing Tsun na Europa era completamente diferente do que era ensinado em Hong Kong, no sistema atual o Wing Tsun era aprendido de forma limitada, por exemplo as máximas são de extrema importância para um correto aprendizado, contudo, não eram transmitidas nos ensinamentos de WT na europa. Com as máximas os mestres constataram que muitas coisas sobre o Sistema deveriam ser modificadas, foi como um "alvorecer", para um novo começo, assim todos os níveis de estudante e técnico foram atualizadas de modo que as máximas foram incorporadas, dando origem a um novo método de Defesa Pessoal inigualavelmente melhor e mais próximo do Sistema do Grão Mestre Leung Ting. Daí em diante os mestres deram corajosamente um grande passo de sair da EWTO e fundarem uma nova organização, conhecida internacionalmente como International Society of Martial Arts cujo a sigla e ISMA, e para diferenciar o novo método mais dinamico de Defesa pessoal a grafia da arte marcial mudou para Wyng Tjun (com Y e J na grafia), a arte filipina ensinada pelos mestres agora se escreve Escryma. Atualmene os mestres Dai Sifu Hans Remmel (como ele é intitulado atualmente) e Sifu Andreas Geller Ministram seminarios de Wyng Tjun ISMA em vários países divulgando esta nova métodologia de defesa pessoal, incluindo o Brasil, do Rio de Janeiro ao Amapá (norte do país). www.sifuandreas.com www.wyngtjun.com orkut.:ismamacapa4@hotmail.com

[editar] Kan Wing Yat

O lendário Ip Man formou grandes mestres na arte do Wing Chun, entre eles, o grande mestre Chow Tze Chuen. Anos mais tarde, incentivado pelo próprio Ip Man, abre sua própria academia onde forma outros grandes mestres. Entre eles, o mestre Kan Wing Yat que em 1974 deixa Hong Kong e migra para o Brasil. Mestre Kan Wing Yat começa a ensinar o Wing Chun no Clube Chinês em São Paulo. Porém, após pouco tempo, torna-se comerciante e abre o seu restaurante. Após longo período sem transmitir seu Wing Chun, Mestre Kan deixa São Paulo e vem abrir um restaurante em Recife. É nesta época em que sofre uma tentativa de assalto e se vê obrigado a usar sua técnica para defender a própria família. Mestre Kan sai gravemente ferido do confronto, enquanto um dos assaltantes morre e dois fogem desesperados. Em sua recuperação no hospital, o mestre reflete sobre o ocorrido e em quanta sorte teve pois ainda estava vivo. Então, em seu coração brota a necessidade de repassar o seu bem mais precioso: o Wing Chun Kung Fu. Volta a praticá-lo para recuperar a saúde e, mais tarde, a transmitir novamente o estilo em portas fechadas como sistema familiar. Alguns anos depois, sifu Álvaro André é formalmente incluso na árvore genealógica do Wing Chun através de carta de transmissão do estilo e o mestre Kan Wing Yat o batiza com nome de família, acontecimento muito raro. Adotado como seu filho, passa a se chamar Kan Yii Cheng. Sifu Álvaro André recebe permissão para abrir portas do estilo e inicia a linhagem da família Kan Wing Chun Kung Fu. Atualmente, é o representante oficial da família e ministra aulas em sua academia, o Dojô Luas.

[editar] Como Funciona e Suas Características

O Wing Chun é uma das poucas artes marciais que prepara o praticante para o combate total[carece de fontes?], ou seja, contra todo tipo de ataque (chutes, socos, cotoveladas, joelhadas, agarramentos, derrubadas, torções, luta no chão, defesa contra vários agressores e armas). Isso significa que há treinamento nas 4 distâncias de combate.
  • Simplicidade: é um sistema simples e direto. São descartados os malabarismos, floreios, as posições complicadas ou técnicas exuberantes. Por não ser baseado em força física permite que uma pessoa fisicamente mais fraca possa se defender de um agressor maior.
  • Economia de movimentos: A melhor defesa pessoal é aquela que pode repelir o maior número de ataques com a menor quantidade de movimentos! WT foi concebido de tal modo que se pode administrar um combate com poucos movimentos.
  • Movimentos simultâneos: Diferente de outros sistemas que usam o método de defesa e depois contra-ataque, nós executamos defesa e contraataque juntos, dificultado uma resposta do agressor.
  • Treino de reflexos: Os movimentos de defesa do WT derivam principalmente dos reflexos táteis. Dessa forma, WT é menos suscetível às "fintas", pois a reação não depende exclusivamente da visão. Aprendemos a sentir quando o agressor faz uso de força pegamos emprestada essa força e a devolvemos na forma de ataque.
  • Quatro Princípios: Um dos principais objetivos do WT é fazer com que o praticante possa reagir de forma automática baseado nos quatro princípios:
    • 1º - se o caminho está livre, SIGA EM FRENTE;
    • 2º - se o caminho está ocupado, MANTENHA-SE COLADO;
    • 3º - se o adversário faz força, DEIXE-O PASSAR;
    • 4º - se o adversário retrocede, SIGA-O MANTENDO-SE COLADO.
  • Quatro Usos da Força:
    • 1º - liberte-se da sua própria força;
    • 2º - liberte-se da força do oponente;
    • 3º - use a força do oponente contra ele;
    • 4º - some a sua força à força do oponente.

[editar] Aprendizado e Treinamento

A primeira base aprendida é denominada Yi Ji Kim Yeung Ma, adaptada ao treinamento de socos, defesa e base de combate. A postura Yi Ji Kim Yeung Ma é utilizada, entre outras coisas, para se fortalecer a base, buscando o apoio do centro de gravidade aumentado o equilíbrio e a consciência corporal.
O Siu Nim Tao (pequena idéia) é o nome da primeira das formas do Wing Chun, este mostra explicitamente o método suavidade/firmeza nos socos e defesas com os braços. Esta forma é fundamental, pois torna possível vislumbrar todo o trabalho relacionado à pratica do Wing Chun.
O método de treinamento pode ser divido em 4 partes:

[editar] Formas

"Formas" são seqüências ordenadas de movimentos que servem para dar coordenação corporal. Assim como no ensino fundamental (primário) precisa-se aprender exercícios motores com a mão (serra-serra, ondinha, bolinha, etc) antes de iniciar o trabalho da escrita, no Wing Chun você precisa aprender exercícios motores com o corpo antes de iniciar o trabalho das técnicas de luta.
Formas de mãos: 1) Siu Nim Tao "pequena idéia". 2) Chum Kiu - "ponte que desaba". 3) Biu Jee "dedos penetrantes" 4) Muk Yan Jong "Homem de Madeira (traduções equivocadas, siu=pequeno, nin=ideia, tao , caminho) chum=procurar kiu=ponte, biu= apontar jee=dedos Formas de armas: 1) Look-Dim-Poon-Kwun "Bastão dos Seis Pontos e Meio". 2) Baat Chum Doa {se pronuncia tou}"Facões Borboleta (Espadas Gêmeas)".{traduçao e interpretaçao equivocada também, pa=8, cham =cortes, tou= facas}

[editar] Chi-Sao (mãos que aderem)

É a única arte marcial que possui um exercício onde os reflexos táteis são tão amplamente treinados. Através do Chi-Sau desenvolve-se a capacidade dos nossos braços se adaptarem aos movimentos dos braços do agressor. Os reflexos de defesa do Chi-Sau são determinados de um modo imediato e mecânico pelo ataque do oponente. Assim, eles sempre se adequam à situação. Os reflexos táteis são, de longe, muito mais rápidos que os reflexos gerados por uma informação visual. O Chi-Sao permite que o lutador se defenda mesmo sem enxergar.
=== Lat Sao (Lat Sao/Trapping Hands) "Mãos que Enganam" ==={na verdade lap sao é uma coisa...lap sao outra completamente diferente...lat sao é m termo so usado na "linhagem " de leng ting, lap é um termo geral para"puxar" e tbm o nome de um exercicio.

No Lop Sau utiliza-se as mãos e braços como "armadilhas" onde, sempre se leva a imobilização ou neutralização dos ataques desferidos com as mãos pelo adversário. Era uma das técnicas preferidas de Bruce Lee.

[editar] Técnicas de Luta

Desenvolvimento de técnicas de luta com base nos três primeiros conceitos para as diversas situações de combate.

[editar] Método Exclusivo

Devido ao método de ensino diferenciado de Yip Man, algumas linhagens desenvolveram métodos de treinamento ímpar, encontrados somente em suas linhagens, abaixo algumas delas:

[editar] Duncan Leung

Articulações: Utilização das articulações dos ombros e quadril para o aumento da explosão nos encaixes das técnicas de luta;
Equipamentos: Equipamentos para o desenvolvimento do encaixe do quadril, e equipamentos para o desenvolvimento de chutes na canela, chutes barreira, chutes frontais e laterais na altura da cintura. Todos com o encaixe do quadril e da base, que ampliam a potencia do golpe;
Sparring: Treinamento para simulação de combate real. Utiliza-se equipamentos de proteção para este tipo de treinamento (mascaras, luvas, caneleiras, etc) onde o "Sparring" simula técnicas de ataque de outras Artes Marciais.
Ênfase em Treinamento para Aplicação Real- Applied Wing Chun Busca-se o treinamento exaustivo das técnicas a ponto de capacitar o praticante a Aplicar todo o conhecimento adquirido em situações de combate, buscando intecâmbios com praticantes de outras modalidades de combate, para aperfeiçoamento das técnicas de luta.

[editar] Leung Ting

Lat-Sao: A meta do Lat-Sao é desenvolver a capacidade combativa. No treino de Lat-Sao (que pode ser traduzido como "combate livre") o estudante aprende a se confrontar com uma situação de combate sem temor. Ele pode verificar o seu nível de desempenho sem medo de ferir o seu colega de treino, o que faz do Lat-Sao uma das mais significativas e motivastes partes do treino de WT. "WT não só é uma arte marcial inteligente, também é um modo inteligente de aprender"
BlitzDefence: Este método proporciona uma estratégia para identificar e resolver situações de perigo. São usadas táticas de resolução de conflitos a fim de evitar o confronto físico. Somente quando o agressor não é dissuadido, as técnicas de luta são empregadas para colocá-lo fora de ação. O treinamento abrange todos os elementos de uma situação real: a atitude mental - a linguagem corporal - a retórica - a psicologia do conflito - o domínio das distâncias (chute-soco cotovelo e joelho- antiagarrameto e antiluta no chão). Diferentemente das lutas esportivas, não são usadas regras limitadoras que diminuem a eficiência. O que em uma luta esportiva é uma falta ou é proibido, numa agressão real pode salvar sua vida.
O treinamento acontece num clima amigável e sem medo.

Pa chi chuan

Pa chi chuan (chinês tradicional: 八極拳; pinyin: bājíquán; literalmente "boxe das oito extremidades") é um estilo de wushu (artes marciais chinesas) que se caracteriza pela uso de uma força explosiva de curto alcance e é conhecida por seu golpes com os cotovelos e outras extremidades, origem de seu nome. A prática se originou na província de Hebei, no norte da China, mas é também bastante conhecido em outros lugares, especialmente Taiwan.

Índice

[esconder]

[editar] Características

As características mais conhecidas desta rara escola de wushu incluem as cotoveladas, o controle do quadril e os golpes com os ombros.
Todas as técnicas são executadas com uma forma muito característica de força curta, desenvolvida através de rigoroso, e às vezes torturante, treinamento.
Estrategicamente, o pa chi chuan foca no combate corpo-a-corpo, aproximando-se do oponente a partir de uma longa distância com o passo de ataque característico do pa chi chuan e emitindo atacando ao mesmo tempo.

[editar] O "estilo do guarda-costas".

O pa chi chuan tornou-se mais conhecido, principalmente devido a Li Shu Wen (1864-1934), um praticante da província de Shandong que por sua habilidade com a lança ganhou o apelido de "Li, Deus da lança". Sua citação mais famosa sobre lutas era, "Eu não sei o que é atingir um homem duas vezes". Talvez um exagero, mas fala pela força de impacto que o treinamento de pa chi chuan desenvolve.
O estilo é chamado de "estilo do guarda costas", pois entre os alunos mais famosos de Li Shu Wen estão Hou Dian Ge (guarda-costas de Pu Yi, o último imperador da China), Li Chen Wu (guarda-costas de Mao Zedong), e Liu Yun Chiao (agente secreto dos nacionalistas do Kuomintang e instrutor dos guarda-costas de Chiang Kai Shek).

[editar] Personagens de ficção que lutam pa chi chuan

O estilo também ficou famoso graças ao jogo da Sega Virtua Fighter, como o estilo que o personagem principal, Akira Yuki, pratica
É um dos estilos de luta praticado por Li Mei no jogo Mortal Kombat: Deadly Alliance.
Em 1988, Ryuchi Matsuda, criou um mangá com o título "Kenji", baseado em suas próprias experiências com pa chi chuan.
É uma das artes marciais que o jovem mago Negi Springfield aprende em sua história contada no mangá e animê "Negima".
Kokoro, a geisha em treinamento da série Dead or Alive é provavelmente o melhor exemplo da arte em um videogame.
Xiuying, uma personagem do conhecido jogo Shenmue II, também utiliza o estilo.
Arima Miyako, personagem do jogo de luta Melty Blood, é outro exemplo de personagem de videojogos que utiliza pa chi chuan.
Léo, personagem do jogo de luta "Tekken6", também é lutador do estilo.
Pa chi chuan (chinês tradicional: 八極拳; pinyin: bājíquán; literalmente "boxe das oito extremidades") é um estilo de wushu (artes marciais chinesas) que se caracteriza pela uso de uma força explosiva de curto alcance e é conhecida por seu golpes com os cotovelos e outras extremidades, origem de seu nome. A prática se originou na província de Hebei, no norte da China, mas é também bastante conhecido em outros lugares, especialmente Taiwan.

Índice

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[editar] Características

As características mais conhecidas desta rara escola de wushu incluem as cotoveladas, o controle do quadril e os golpes com os ombros.
Todas as técnicas são executadas com uma forma muito característica de força curta, desenvolvida através de rigoroso, e às vezes torturante, treinamento.
Estrategicamente, o pa chi chuan foca no combate corpo-a-corpo, aproximando-se do oponente a partir de uma longa distância com o passo de ataque característico do pa chi chuan e emitindo atacando ao mesmo tempo.

[editar] O "estilo do guarda-costas".

O pa chi chuan tornou-se mais conhecido, principalmente devido a Li Shu Wen (1864-1934), um praticante da província de Shandong que por sua habilidade com a lança ganhou o apelido de "Li, Deus da lança". Sua citação mais famosa sobre lutas era, "Eu não sei o que é atingir um homem duas vezes". Talvez um exagero, mas fala pela força de impacto que o treinamento de pa chi chuan desenvolve.
O estilo é chamado de "estilo do guarda costas", pois entre os alunos mais famosos de Li Shu Wen estão Hou Dian Ge (guarda-costas de Pu Yi, o último imperador da China), Li Chen Wu (guarda-costas de Mao Zedong), e Liu Yun Chiao (agente secreto dos nacionalistas do Kuomintang e instrutor dos guarda-costas de Chiang Kai Shek).

[editar] Personagens de ficção que lutam pa chi chuan

O estilo também ficou famoso graças ao jogo da Sega Virtua Fighter, como o estilo que o personagem principal, Akira Yuki, pratica
É um dos estilos de luta praticado por Li Mei no jogo Mortal Kombat: Deadly Alliance.
Em 1988, Ryuchi Matsuda, criou um mangá com o título "Kenji", baseado em suas próprias experiências com pa chi chuan.
É uma das artes marciais que o jovem mago Negi Springfield aprende em sua história contada no mangá e animê "Negima".
Kokoro, a geisha em treinamento da série Dead or Alive é provavelmente o melhor exemplo da arte em um videogame.
Xiuying, uma personagem do conhecido jogo Shenmue II, também utiliza o estilo.
Arima Miyako, personagem do jogo de luta Melty Blood, é outro exemplo de personagem de videojogos que utiliza pa chi chuan.
Léo, personagem do jogo de luta "Tekken6", também é lutador do estilo.

Chin na


Qin Na, Chi-Na ou Chin Na (擒拿) (Pinyin: qín ná, Wade-Giles: ch'in2 na2), pode ser traduzido literalmente como método de imobilização, "Chin" significa agarrar ou segurar, e "Na" significa controlar.
Este conjunto de técnicas marciais chinesas utiliza torções, chaves de articulações e pontos de pressão para imobilizar o oponente.
O chin na é uma prática usada em quase todos os estilos de artes marciais chinesas e algumas vezes combinado com o shuaijiao (técnica corporal de luta chinesa). Por exemplo, este é um dos aspectos marciais aplicados no Tai Chi Chuan, que tem como objetivo principal o desenvolvimento da força chí (Ki) para a saúde e a marcialidade. Os historiadores acreditam que o general Yueh Fei (1103-1114 d.C) aprendeu com o monge Shaolin Jao Tung as 108 técnicas originais de apresamento e torção que ficariam conhecidas por chin na. Dominar o atacante sem a necessidade de ferí-lo demasiadamente, era a intenção original dos monges Shaolin que codificaram o método. Diz-se que um Mestre nesta arte é capaz de matar seu oponente se prolongar a aplicação de certas técnicas. Dentre os estilos de Kung Fu, os que maior importância dão a prática do Chin-Na são:
  • o estilo Pai Huo Chuan
  • o estilo Fan Tzi Ien Jao
  • o estilo Hung
Há também um estilo transmitido principalemnte em Macau por um mestre chamado Wong Po Kan (黃寶金), também mestre em Wing Chun. Ao general Yue Fei, os taoístas atribuem a criação do estilo Hsing I, um dos três estilos internos ( Nei Chia ) de Kung Fu.
Existem 4 divisões principais entre os métodos de Chin-na que são:
NÍVEL BÁSICO: 1) Fen Jin (divisão muscular) 2) Tsuo Kuo (deslocamento ósseo)
NÍVEL AVANÇADO: 3) Bih Chi Toan Mie (impedimento do fluxo de ar ou de sangue) 4) Tien Hsuen (pressão nos pontos de energia)
Yue Fei, general a quem é atribuída a codificação do Chin Na
Ainda hoje a polícia chinesa utiliza técnicas de Chin-Na e Suai Jiao para imobilização de elementos desarmados.

[editar] Ligações externas

Kenpō

Kenpō (em japonês: 拳法; lit. lei do punho) é um termo japonês para artes marciais. É a tradução para o termo chinês Quan fa, que significa "caminho do punho" ou "lei do principio do punho". Quan fa é um termo para estilos de punho aberto chineses. "Shorinji" é a forma japonesa para Shaolin, portanto Shorinji Kenpō pode ser traduzido por "punhos do templo de Shaolin". Seu criador era japonês, mas aprendeu Kung-fu na China e o adaptou para o ensino aos japoneses.

Mas Kenpo pode ser o designio de uma arte marcial surgida na China há milhares de anos. Kenpo significa "Lei da Palma" ou "Palma de Deus". É uma arte marcial de grande força e destrutividade por usar golpes sempre dignos de muita concentração e força.

[editar] História

Começou sua difusão no início do Século XVII, quando duas famílias japonesas (Kumamoto e Nagasaki) trouxeram uma versão do kenpo chinês chamado Chuan Fa, para Kyushu no Japão, que foi mantido somente entre suas famílias e gradualmente modificado durante 200 anos até se tornar o “Kosho Ryu Kempo” ou “Old Pine Tree School”.
Em 1916 um garoto de cinco anos chamado James Mitose foi mandado de sua casa do Havaí para Kyushu no Japão para aprender uma arte marcial chamada Kosho Ryu Kempo com seu tio Choki Motubu (um graduado Sensei em Kempo). James Mitose voltou ao Havaí em 1936, para abrir sua escola Oficial Sef-Defense Club em Honolulu, como responsável em levar o Kempo para os Estados Unidos. Seus primeiros alunos a serem graduados como cinturão preto incluíam Thomas Young (quem tomou conta de sua escola), William K.S. Chow, Edmound Howe, Arthur Keawe, Jiro Naramura e Paul Yamaguchi.
Willian Chow teve quatro irmãos, e todos treinaram Jujitsu. Autoridades do Jujitsu discutem a possibilidade de que ele possa ter incorporado algumas dessas técnicas no estilo de seu Sensei J. Mitose, e não pego movimentos do Kung Fu para formar o estilo que chamava Chinese Kara-Ho Kempo Karate. Abriu-se a primeira escola em 1949 no Havaí e muitos falam que foi o primeiro a soletrar Kenpo (n), para marcar essa quebra no estilo do Karaté de Mitose.
William Chow, que também era chamado de Professor Chow, passou seus ensinamentos a muitos bons alunos antes de sua morte em 1987, dentre eles o Grão Mestre Bill Ryusaki, fundador do Kenpo Havaiano. Uma nota importante é que não há diferença entre Kempo Karate e Kenpo Karate. Apesar de muitos dizerem que William Chow foi o primeiro a usar o termo "Kenpo" Karate, muitos afirmam que é somente uma variação na transliteração do Kanji original para as outras línguas do ocidente. Ambos têm a mesma tradução “A lei do Punho”.
Incluem alunos de Willian Chow: Adriano D. Emperado (fundador do Kajukembo), Ed Parker (fundador do American Kenpo), Bill Ryusaki (fundador do Hawaiian Kenpo). (Relatos falam também que o Kempo tem a fusão básica do Karate Japonês-reto, com a junção do Jiu Jitsu e Aikidô.O Kenpo já possuindo movimentos circulares com soltura e fluxo de movimentos, versão chinesa de Arte Marcial, herdando também uma maior diversidade técnica, devido à sua primeira aparição com William Chow).

  Sanshou

Sanshou (散手; literalmente "mãos livres"), ou Sanda (散打; literalmente "luta livre"), é uma forma chinesa moderna de combate corpo-a-corpo, um sistema de auto-defesa, e um esporte de combate.

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[editar] Características

Não é considerado um estilo de luta independente, mas um dos componentes das diversas modalidades de arte marcial chinesa, normalmente ensinado integrado às diversas formas de wushu. O termo sanda é mais antigo e de uso mais comum, quando o governo chinês formalizou e padronizou as artes marciais usou oficialmente o termo sanshou para designar este aspecto, posteriormente voltando a usar o termo sanda.

[editar] História

Após a guerra da Coréia onde enfrentou diretamente as tropas americanas o governo chinês percebeu a necessidade de investir em pesquisa e desenvolvimento visando o melhor treinamento de seu exercito e incumbiu ao general Peng Dehuai o comando da pesquisa onde além de especialistas em artes marciais de toda China participaram médicos, educadores físicos, e demais pessoas relacionadas a atividades físicas e saúde. O novo sistema deveria observar três critérios:
  • Simplicidade;
  • Combate direto;
  • Efetivo contra oponentes mais fortes.
Quase que paralelamente ao sanshou militar se desenvolveu o sanshou civil e competições clandestinas que acabavam com sérios danos aos competidores e eram quase que um vale tudo ao molde dos primeiros Ultimate Fighting Championships.
Como treinamento marcial o sanshou ao longo da história na china recebeu vários nomes como xiangbo, shoubo, chaishou, qiangshou, jiji, e daleitai.
Em 1979, o Comitê Chinês de Esportes Nacionais (CCEN) decidiu que o sanshou estaria ligado ao wushu como esporte de competição. Devido ao espaço de tempo entre seu surgimento e a oficialização pelo governo o sanshou não tinha metodologia de treino, padronização de técnicas e principalmente regras. Até meados dos anos 80 o sanshou como esporte continuou a se desenvolver dentro de colégios e universidades ligadas à educação física, além de experimentação em campeonatos. Em 1982, o CCEN finalmente chegou a uma metodologia de treino e regras para competições que vêm sendo aos poucos modificadas. O primeiro ringue era redondo com nove metros de diametro.

[editar] O sanshou como esporte de combate

A prática contemporânea do sanshou como esporte de combate teve seu ponto de partida como esporte contemporâneo em 1990, ano em que o comite organizador dos XI Jogos Asiáticos incluiu o wushu como esporte oficial de competição. Nesse mesmo ano, se fundou a Federação Internacional de Wushu como organismo oficial encarregado de dirigir o crescimento e a difusão do esporte, determinando as diferentes disciplinas de competição e sua respectiva regulamentação.
O sanshou está crescendo rapidamente em popularidade. Na atualidade, as competições são levadas em mais de 95 países no mundo inteiro.
Recentemente tem se convertido também em um esporte profissional na América.
O sanshou se refere a luta livre a onde as regras estão prontas para simular com total precisão o combate atual e real. Existem hoje duas modalidades de competição para sanshou, a amadora e a profissional (conhecida também como sanda).

[editar] Sanshou amador

O uso obrigatório de capacete (com grade para os iniciantes), coquilha para os homens (proteção para a genital), luvas (8 oz para até 65 kg e 10 oz para categorias acima de 70 kg) , protetor bucal e [protetor torácico (um tipo de "armadura" do mesmo material da luva). Na categoria Juvenil usam-se protetores para canela e peito do pé.

[editar] Categorias

As categorias são divididas por peso e idade.
  • Por idade:
    • Juvenil (15 a 17 anos)
    • Adulto (18 a 35 anos)
  • Masculino:
    • Categoria 48Kg ( < 48Kg)
    • Categoria 52Kg ( > 48Kg - < 52Kg)
    • Categoria 56Kg ( > 52Kg - < 56Kg)
    • Categoria 60Kg ( > 56Kg - < 60Kg)
    • Categoria 65Kg ( > 60Kg - < 65Kg)
    • Categoria 70Kg ( > 65Kg - < 70Kg)
    • Categoria 75Kg ( > 70Kg - < 75Kg)
    • Categoria 80Kg ( > 75Kg - < 80Kg)
    • Categoria 85Kg ( > 80Kg - < 85Kg)
    • Categoria 90Kg ( > 85Kg - < 90Kg)
    • Categoria acima de 90Kg ( > 90Kg)
  • Feminino:
    • Categoria 48Kg ( < 48Kg)
    • Categoria 52Kg ( > 48Kg - < 52Kg)
    • Categoria 56Kg ( > 52Kg - < 56Kg)
    • Categoria 60Kg ( > 56Kg - < 60Kg)
    • Categoria 65Kg ( > 60Kg - < 65Kg)
    • Categoria 70Kg ( > 65Kg - < 70Kg)
    • Categoria acima de 70Kg ( > 70Kg)

[editar] Regras

  • Tempo limite de 2:00 minutos por round (1:30 minutos para a categoria Juvenil), descanso entre rounds de 1:00 minuto.
  • Golpes nas genitais e nuca são inválidos, como joelhadas e cotoveladas.
  • Para os golpes valerem pontos, ele deve fazer o adversário se mexer, não adianta apenas dar toques sem força.
  • Vale chutar, socar derrubar o adversário e joga-lo fora do ringue.
  • O ringue oficial é um quadrilátero tablado enborrachado 8 x 8 metros e elevado. As imediações externas do ringue são cobertas por folhetos de tatame de borracha.

[editar] Ligações externas